Pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, desenvolveram uma inovação promissora que pode mudar a forma como usamos baterias no dia a dia: um separador feito de madeira que, além de evitar explosões, aumenta em 60% a vida útil das baterias.
A novidade está no uso da lignina, um material natural presente na madeira que confere rigidez às árvores. A equipe científica, liderada por Huanhuan Jia e Chengcheng Fang, sintetizou uma versão ultrafina da lignina para atuar como separador entre os eletrodos das baterias de íons de lítio.
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Por que isso importa?
Nas baterias comuns, o separador é feito de plástico (polietileno e polipropileno), que pode encolher a cerca de 100 °C. Se isso ocorre, o cátodo e o ânodo — polos positivo e negativo — podem se encostar e causar curtos-circuitos perigosos, resultando em incêndios ou explosões.
O novo filme de lignina resistiu a temperaturas de até 300 °C sem deformar, tornando o sistema muito mais seguro. Os testes mostraram que a espessura ideal é de 25 micrômetros — mais fino que um fio de cabelo humano.
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Além da segurança, a solução trouxe outro benefício: mais durabilidade. Como o sistema se mantém estável por mais tempo, a bateria pode ser recarregada mais vezes sem perder eficiência. “Aumentamos a vida útil da bateria em 60%,” celebrou a professora Fang.
A proposta ainda tem apelo ambiental. O processo de fabricação é feito a seco, sem solventes tóxicos, com 100% de aproveitamento da matéria-prima e sem geração de resíduos. Como a lignina é abundante e de baixo custo, a inovação pode ser produzida em larga escala de forma sustentável.
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Essa descoberta representa um avanço importante para o futuro dos celulares, notebooks, veículos elétricos e qualquer dispositivo que utilize baterias recarregáveis.