Manaus/AM – O senador Omar Aziz (PSD-AM) manifestou preocupação com os efeitos da operação da Polícia Federal que destruiu dragas de garimpeiros artesanais no Rio Madeira, entre os municípios de Manicoré e Humaitá, no Amazonas. Aziz destacou a nota de repúdio divulgada pela Diocese de Humaitá e pelas paróquias locais, classificando a ação como violenta e prejudicial às famílias ribeirinhas, e afirmou que a sociedade amazonense ficou consternada com as imagens de destruição de embarcações utilizadas para subsistência.
Durante reunião da Comissão de Infraestrutura (CI), o senador ressaltou que a operação, embora voltada ao combate ao garimpo ilegal, atingiu principalmente trabalhadores artesanais, prejudicando diretamente sua economia e a vida social das comunidades. Aziz criticou o uso de explosões e helicópteros próximos a residências, comparando o impacto da ação com cenas de guerra e questionando a ausência de prisões de supostos envolvidos no narcotráfico.
O episódio também foi alvo de críticas de outros senadores, que apontaram riscos ambientais e acusaram a ação de buscar repercussão midiática. Aziz defendeu que a preservação do meio ambiente seja conciliada com a proteção social e econômica das populações ribeirinhas, lembrando que o garimpo artesanal é a principal fonte de renda de milhares de famílias e que o ouro extraído ilegalmente muitas vezes sai do país sem gerar benefícios locais.
O senador pediu esclarecimentos ao Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre a autorização judicial da operação e a efetividade das medidas adotadas. Ele reforçou que é necessário identificar e responsabilizar os reais líderes do narcotráfico, em vez de punir indiscriminadamente trabalhadores humildes que dependem do extrativismo mineral para sobreviver.
Aziz concluiu defendendo uma abordagem mais equilibrada para futuras ações: priorizar o diálogo com as comunidades, implementar políticas públicas que ofereçam alternativas econômicas e sociais, e regulamentar a extração mineral artesanal. Para ele, é essencial que o combate à ilegalidade não comprometa a vida, a cultura e a dignidade das famílias amazônicas.

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