Nesta terça-feira (13), a cidade de São Manuel, em São Paulo, foi palco de um evento que pode marcar uma revolução na agricultura brasileira.

A aeronave agrícola ‘Pelican 2’, totalmente elétrica e sem piloto, realizou seu primeiro voo de demonstração, despertando a atenção de produtores rurais, especialistas do setor e representantes de empresas ligadas ao agronegócio.

O aparelho promete transformar a forma como a pulverização e o monitoramento das lavouras são feitos, trazendo inovação, sustentabilidade e eficiência ao campo.

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São Manuel como polo estratégico

São Manuel foi escolhida estrategicamente para sediar o lançamento, segundo a organização do evento, justamente por sua importância no agronegócio paulista.

O objetivo é impulsionar a adoção de tecnologias avançadas na região, reconhecida por sua produção diversificada e pelo potencial de inovação no setor agrícola.

Tecnologia que elimina combustíveis fósseis

A ‘Pelican 2’ não é uma aeronave comum.

Diferentemente dos modelos tradicionais que dependem de combustíveis fósseis e de pilotos humanos, este drone agrícola funciona inteiramente com energia elétrica e opera de forma autônoma.

Essa característica elimina a necessidade de gasolina, tornando o processo mais limpo e sustentável, além de permitir voos em horários que antes eram inviáveis para as máquinas convencionais.

Mais horas de voo e precisão

Conforme explicam os desenvolvedores, o drone pode voar durante o dia ou à noite graças à sua iluminação própria, dobrando assim a janela de pulverização disponível para os agricultores.

Além disso, a ‘Pelican 2’ é capaz de realizar mapeamento aéreo em 3D e planejamento dinâmico de rotas, o que garante maior precisão e eficiência na aplicação dos defensivos agrícolas.

Um marco para a aviação agrícola autônoma

Mateus Dallacqua, diretor de inovação da Synerjet Corp, destaca que o voo de demonstração representa um marco importante para a aviação agrícola autônoma.

Ele ressalta que, além de ser uma solução competitiva economicamente, a aeronave mostra que é possível unir tecnologia de ponta com sustentabilidade, algo cada vez mais exigido pelo mercado e pela legislação ambiental.

Primeiro voo de demonstração de aeronave agrícola sem piloto e totalmente elétrica é feito em aeroporto de São Manuel — Foto: Divulgação

Pulverização programada e sem falhas

Na aviação agrícola tradicional, a pulverização depende da visão do piloto para identificar as áreas que precisam de aplicação e para garantir que o produto seja distribuído corretamente.

Porém, com a ‘Pelican 2’, essa operação é totalmente programada e controlada por softwares avançados, permitindo que o drone realize suas tarefas com precisão milimétrica, mesmo em condições de baixa visibilidade ou durante a noite.

Benefícios para o agro brasileiro

Essa inovação pode representar uma verdadeira revolução para o agronegócio brasileiro, que enfrenta desafios constantes relacionados à eficiência, custos e impacto ambiental.

Ao eliminar o uso de combustíveis fósseis e reduzir a dependência da ação humana direta, a tecnologia traz benefícios importantes, como a diminuição da emissão de gases poluentes e a maior segurança para os operadores.

Ganhos operacionais e sustentabilidade

Além da sustentabilidade, a ‘Pelican 2’ também traz ganhos operacionais.

Com a capacidade de voar mais horas por dia, a pulverização se torna mais ágil, o que é fundamental em períodos críticos de cultivo, como a fase de crescimento das plantas ou em situações de pragas e doenças.

Mapeamento detalhado e redução de desperdícios

Outro ponto relevante é o mapeamento aéreo 3D, que permite um monitoramento detalhado das áreas cultivadas, ajudando os produtores a tomar decisões mais informadas e a planejar intervenções de forma mais estratégica.

Essa função, combinada com o planejamento dinâmico de rotas, contribui para a redução do desperdício de insumos, otimizando recursos e aumentando a produtividade.

Brasil no cenário global da agricultura sustentável

No cenário global, a busca por tecnologias agrícolas mais sustentáveis tem ganhado cada vez mais espaço.

Diversos países investem em drones e aeronaves elétricas para reduzir o impacto ambiental da agricultura, mas o Brasil, com sua extensão territorial e importância no mercado mundial de alimentos, tem um papel crucial nesse movimento.

A introdução da ‘Pelican 2’ no país, portanto, pode abrir caminho para uma nova geração de equipamentos agrícolas que aliam inovação tecnológica com práticas responsáveis e economicamente viáveis.

Especialistas acreditam que essa tendência vai acelerar a digitalização do campo, trazendo mais precisão, sustentabilidade e competitividade para os produtores brasileiros.

Primeiro voo de demonstração de aeronave agrícola sem piloto e totalmente elétrica é feito em aeroporto de São Manuel — Foto: Divulgação

Um futuro silencioso e promissor

Durante o evento em São Manuel, o voo da aeronave elétrica chamou a atenção pelo silêncio e pela suavidade do movimento, contrastando com o barulho e a poluição das máquinas tradicionais.

Para os agricultores presentes, essa experiência foi a comprovação de que o futuro do agro passa pela tecnologia e pelo compromisso com o meio ambiente.

Desafios e expectativas para o mercado

Resta saber como será a aceitação do mercado para essa tecnologia e qual será o impacto econômico para os produtores, especialmente para os pequenos e médios agricultores, que podem enfrentar desafios para investir em equipamentos inovadores.

No entanto, a expectativa é que, com o tempo, os custos diminuam e a adoção se torne mais acessível, especialmente com o apoio de políticas públicas e incentivos para a agricultura sustentável.

Você acredita que as aeronaves agrícolas elétricas e autônomas serão a próxima grande revolução do agro brasileiro? Como vê o impacto dessa tecnologia para o futuro da produção rural no país?

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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