A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), promove nesta quinta e sexta-feira (21 e 22), em Curitiba, a 2ª Oficina de Preparação, Vigilância e Resposta a Emergência em Saúde Pública no Estado. O tema é “Desastres por chuvas intensas”. As atividades do primeiro dia incluem um simulado de mesa, voltado a qualificar a atuação das equipes técnicas diante de situações emergenciais e a fortalecer os fluxos institucionais de resposta coordenada.

Neste simulado, grupos reunidos em uma mesa tomam decisões baseados em uma situação hipotética. O exercício faz parte da implementação do Plano de Preparação, Resposta e Vigilância do Setor Saúde aos Desastres do Paraná, elaborado pela Sesa. O documento estabelece diretrizes para reduzir riscos e organizar a atuação do setor em emergências, em alinhamento com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e com o Programa Vigidesastres, do Ministério da Saúde.

No segundo dia da Oficina, a prática do simulado é a aplicação do plano Estadual sendo testada. O Ministério da Saúde vai enviar mensagens disparadoras propondo situações de desastres muito próximas das reais. O exercício servirá para que as equipes do MS verifiquem como, com base no Plano Estadual, a secretaria irá agir com a assistência, a vigilância e a Defesa Civil do Estado, no momento em acontecer uma emergência.

Após isso, cada grupo apresenta o que foi uma boa prática, o que foi um desafio, quais são as oportunidades de melhoria e o que precisa manter no plano. Ao final da oficina, o plano será atualizado e publicado pela Sesa no site da secretaria.

“O Paraná está preparado para atuar em situações de emergência, e o trabalho continua hoje com nossos profissionais, recebendo essa oficina e realizando o simulado para aplicar nosso plano Estadual”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “É importante que outros temas sejam debatidos, e por isso destacamos o apoio do Ministério da Saúde e dos municípios. Juntos vamos continuar trabalhando pelos paranaenses”.

PALESTRAS E ORIENTAÇÕES – O encontro reúne 60 profissionais da Sesa, das diretorias de Atenção e Vigilância em Saúde, Contratualização e Regulação, Planejamento de Atenção Especializada, Administrativa e Comunicação, além de representantes do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) e Laboratório Central do Estado (Lacen). Também participam técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da concessionária Motiva (antiga CCR aeroportos), Corpo de Bombeiros Militar do Paraná e Defesa Civil.

Durante os dois dias de oficina, os profissionais terão acesso a palestras e orientações sobre como reagir a desastres em diferentes áreas, e participarão de um simulado de mesa para testar a execução das ações previstas no plano Estadual, como vigilância e resposta rápida em saúde, monitoramento de riscos e organização dos fluxos de atendimento à população e de comunicação com a imprensa.

A proposta é identificar pontos fortes e fragilidades do plano, além de estimular a integração entre áreas técnicas e instituições envolvidas. “Esse simulado é importante para estarmos preparados. Sabemos que cada vez mais teremos emergências, especialmente pelas mudanças climáticas, e precisamos enfrentar isso. Dessa forma o Ministério da Saúde garante essa orientação e apoio”, afirmou a coordenadora geral de preparação para emergência em saúde pública do MS, Taynná Vernalha Rocha Almeida.

O plano estadual é dividido em três etapas: redução do risco, que são ações antes do evento, com mapeamento de áreas de risco, treinamento e educação permanente; manejo do desastre, que ocorre durante o evento, com monitoramento, resposta imediata e suporte às vítimas; e recuperação após o desastre, com reabilitação dos serviços de saúde e acompanhamento das populações afetadas.

OCORRÊNCIAS E DANOS NO PARANÁ – De acordo com o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), entre 2014 e 2023, o Paraná registrou mais de mil desastres, em sua maioria relacionados a chuvas intensas, alagamentos e enxurradas.

Nesse período, foram decretadas mais de 700 situações de emergência e 150 estado de calamidade pública. Segundo o banco de dados da Defesa Civil Nacional, nos últimos cinco anos, os desastres causaram mais de R$ 31 bilhões em prejuízos privados e R$ 517 milhões em gastos públicos no Estado.

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Paraná é o setor da Sesa responsável pelo monitoramento contínuo de eventos de saúde pública e pela articulação de respostas rápidas a situações de risco, podendo ser temporariamente convertido em Sala de Situação do Comitê de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) em cenários de desastre.

PRESENÇAS – Participaram da abertura da oficina o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems-PR), Fabio de Mello; a representante da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Paraná, Vanessa Vernizi Hohmann; a secretária da Saúde de Curitiba, Tatiane Filipak; e o coronel Fernando Raimundo Schünig, coordenador Estadual da Defesa Civil do Paraná.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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