
A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Saúde, informa que até esta terça-feira (7/10), a Vigilância Epidemiológica recebeu 79 notificações de suspeita por contaminação de metanol, das quais uma já foi confirmada e dez foram descartadas. Foram registrados seis óbitos e 73 pacientes atendidos na rede hospitalar e de urgência e emergência pública e privada da cidade. De todos os casos, 71 são residentes do município, incluindo quatro óbitos.
Entre os óbitos, cinco vítimas são homens e uma mulher, sendo um de 38 anos que faleceu em 18 de setembro, atendido em um hospital privado (morador de Itu); um de 58 anos que faleceu em 24 de setembro e foi atendido no Hospital de Urgência, um de 45 anos que faleceu em 28 de setembro e foi atendido na rede particular (morador de São Paulo), um de 49 anos, que faleceu em casa, em 30 de setembro, um homem de 36 anos, que faleceu em 2 de outubro, e foi atendido no Hospital de Urgência, e o óbito mais recente, uma mulher de 30 anos, que faleceu no Hospital de Clínicas nesta segunda-feira.
O óbito da mulher de 30 anos é o único caso confirmado de contaminação e 13 pessoas permanecem internadas na rede municipal.
Em todos os casos de óbitos, os exames estão sendo realizados pelo IML (Instituto Médico Legal) para confirmar ou descartar a contaminação. A rede municipal de Saúde está organizada para garantir um fluxo rápido e efetivo de atendimento para novos casos que possam vir a surgir.
A Vigilância Epidemiológica mantém contato com as famílias das vítimas e dos pacientes internados, a fim de identificar possíveis locais de consumo e áreas do entorno, realizando um trabalho de conscientização e orientação junto aos comércios sobre a atenção quanto à origem dos produtos comercializados.
Quatro estabelecimentos comerciais e lotes de bebidas foram interditados cautelarmente nos bairros Taboão, Paulicéia, Ferrazópolis e Parque dos Químicos, até a conclusão do caso, em ação conjunta da Vigilância Sanitária Municipal e técnicos da Vigilância Sanitária Estadual (GVS-7). A Polícia Civil também apreendeu algumas garrafas dos mesmos estabelecimentos, e a Delegacia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DICMA) está à frente da investigação criminal.