Uma nova erupção explosiva foi registrada no vulcão Sakurajima, situado na província de Kagoshima, no sul do Japão, na manhã de terça-feira (9). O evento, ocorrido precisamente às 9h02, projetou uma coluna de fumaça e cinzas que atingiu a impressionante altura de 1.600 metros acima da cratera Minamidake. As autoridades locais confirmaram que, até o momento, não há relatos de feridos ou danos materiais significativos.

A pluma vulcânica, impulsionada pelos ventos, desloca-se em direção sudeste, indicando a possibilidade de queda de cinzas em áreas urbanas de Kagoshima, bem como em partes da província vizinha de Miyazaki. O Observatório Meteorológico do Japão (JMA) emitiu um aviso específico para o dia, alertando a população sobre os potenciais impactos.

Vulcão Sakurajima – T-Mizuguchi/Shutterstock.com

O nível de alerta vulcânico para o Sakurajima permanece inalterado, mantendo-se no patamar 3 em uma escala que vai até 5. Esta classificação impõe uma rigorosa proibição de aproximação num raio de 2 quilômetros da cratera, visando garantir a segurança de moradores e visitantes.

Detalhes da recente atividade vulcânica

Autoridades confirmaram que a erupção ocorreu exatamente na cratera do pico Minamidake, o mais ativo do complexo Sakurajima, evidenciando a constância da atividade geológica na região. A altura de 1.600 metros foi precisamente medida por radar e câmeras de monitoramento, que operam ininterruptamente.

A quantidade de material ejetado foi classificada como média, e as observações iniciais não indicam a presença de lava visível no momento da explosão principal. Este cenário é comum para o vulcão, que frequentemente apresenta erupções de cinzas e rochas.

Previsão de queda de cinzas na região

A direção predominante do vento leva a pluma vulcânica para sudeste, o que acende o alerta para as áreas centrais de Kagoshima e as regiões costeiras de Miyazaki, onde a precipitação de cinzas pode ser notada. Moradores dessas localidades receberam orientações claras para fechar janelas e portas, protegendo suas residências e a qualidade do ar interno, além de evitar a exposição prolongada ao ar livre. As cinzas, mesmo em pequenas quantidades, podem causar irritações respiratórias e oculares, e dificultar a visibilidade. Além disso, a acumulação em telhados pode representar um risco estrutural, dependendo da intensidade da queda.

  • Previsão indica possibilidade de cinzas finas até o fim da tarde.
  • Partículas maiores podem atingir áreas próximas ao vulcão.
  • Motoristas devem reduzir a velocidade em caso de visibilidade baixa.
  • Escolas da região mantêm atividades internas, com foco na segurança dos alunos.

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Nível de alerta e restrições de acesso

O nível de alerta 3, em vigor para o Sakurajima, significa que há restrição de acesso à montanha e que as comunidades próximas devem estar preparadas para possíveis evacuações localizadas, caso a atividade vulcânica se intensifique. Desde 2018, o vulcão opera continuamente nesse patamar devido à sua atividade constante e imprevisível, exigindo vigilância permanente.

Turistas e residentes são proibidos de ultrapassar os postos de controle instalados estrategicamente nas estradas que conduzem a pontos de observação como Yunohira e outras áreas próximas à cratera. Esta medida visa proteger a vida humana de eventuais projeções de rochas incandescentes ou fluxos piroclásticos, que podem ocorrer sem aviso prévio.

Histórico e monitoramento constante do Sakurajima

O Sakurajima é reconhecido como um dos vulcões mais ativos do Japão, registrando centenas de erupções explosivas anualmente. Em 2025, o número de explosões já superou a marca de 300 até o mês de novembro, demonstrando a natureza dinâmica e persistente de sua atividade geológica.

A última erupção com uma pluma superior a 2.000 metros foi observada em outubro do ano anterior, indicando que eventos de maior magnitude são parte do seu ciclo natural. As autoridades responsáveis mantêm um rigoroso esquema de monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana.

Este monitoramento é realizado através de uma rede integrada de sismógrafos, câmeras térmicas de alta resolução e sensores de deformação do solo, que fornecem dados cruciais para a previsão e avaliação de riscos. A coleta contínua dessas informações permite que o JMA emita alertas precisos e em tempo hábil para a população.

Medidas de segurança e resposta local

A prefeitura de Kagoshima agiu prontamente, ativando o centro de gerenciamento de desastres logo após a erupção mais recente, coordenando as ações de resposta emergencial. Equipes especializadas estão verificando o funcionamento e a prontidão de abrigos anti-cinzais, que foram previamente instalados em escolas e ginásios da região para proteger a população em caso de queda intensa de material vulcânico.

A companhia aérea local implementou ajustes nas rotas de voos para desviar aeronaves da trajetória da pluma vulcânica, minimizando riscos à aviação e garantindo a segurança dos passageiros. O transporte marítimo, vital para a conexão entre Kagoshima e a península de Sakurajima, continua operando normalmente, porém com atenção redobrada e monitoramento constante das condições.

As autoridades também reforçam a importância de os moradores terem kits de emergência preparados, incluindo máscaras, óculos de proteção e suprimentos básicos. A comunicação eficaz com a população é uma prioridade, utilizando diversos canais para difundir informações e orientações de segurança. A conscientização e a preparação individual são consideradas ferramentas essenciais para a resiliência da comunidade frente a eventos vulcânicos.

Orientações para a comunidade local

O Observatório Meteorológico do Japão mantém alerta constante para a possibilidade de projeção de bombas vulcânicas de grande porte, especificamente num raio de 2 quilômetros da cratera. Fluxos piroclásticos, que são misturas de gases quentes e cinzas, também representam um risco significativo dentro da mesma distância.

A população recebe atualizações em tempo real por meio de um aplicativo oficial e através de um sistema de sirenes instalado estrategicamente em toda a região, garantindo que as informações cheguem rapidamente a todos os afetados. Este sistema integrado de comunicação é crucial para a gestão de emergências.

Alertas e comunicação do JMA

Especialistas em vulcanologia afirmam que a atividade atual, embora intensa, não indica, até o momento, uma mudança para um nível de alerta superior. O JMA continua a monitorar a situação com a máxima atenção.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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