A Rússia lançou um ataque massivo na noite de terça para quarta-feira (3), utilizando 526 drones e mísseis, com foco principal no oeste da Ucrânia. A ofensiva deixou vários feridos e milhares de casas sem energia. Explosões foram ouvidas na capital, Kiev. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu o reconhecimento internacional das regiões ucranianas anexadas.

A Rússia lançou um ataque massivo na noite de terça para quarta-feira (3), utilizando 526 drones e mísseis, com foco principal no oeste da Ucrânia. A ofensiva deixou vários feridos e milhares de casas sem energia. Explosões foram ouvidas na capital, Kiev. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu o reconhecimento internacional das regiões ucranianas anexadas.




Equipes de resgate ucranianas no local de um ataque aéreo em Bila Tserkva, região de Kiev. Em 3 de setembro de 2025.

Equipes de resgate ucranianas no local de um ataque aéreo em Bila Tserkva, região de Kiev. Em 3 de setembro de 2025.

Foto: AFP – HANDOUT / RFI

Nove das 24 regiões da Ucrânia foram atingidas nesse ataque em larga escala. Entre os feridos estão quatro ferroviários ucranianos, atingidos em Kirovogrado (centro da Ucrânia). A ofensiva causou danos consideráveis à infraestrutura já crítica do país, incluindo cidades na parte ocidental, como Lviv e Volínia.

Na região de Chernihiv (norte), 30 mil pessoas ficaram sem energia elétrica após um bombardeio à infraestrutura civil, segundo informou o chefe da administração regional, Vyacheslav Tchaus.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou a impunidade demonstrada pelo presidente russo, Vladimir Putin.

“Estes ataques são claramente uma demonstração russa. Putin está demonstrando sua impunidade. E isso, sem dúvida, exige uma resposta do mundo”, afirmou Zelensky.

Antes de se reunir, ainda hoje, com autoridades dos países bálticos e nórdicos, na Dinamarca, Zelensky pediu a seus aliados que pressionem a economia de guerra de Moscou.

“Os chefes de Estado e de governo discutirão como os países nórdicos e bálticos podem fornecer apoio adicional à Ucrânia, seja na linha de frente ou na mesa de negociações”, afirmou o gabinete da primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

Na quinta-feira (4), Volodymyr Zelensky deve participar de uma reunião com líderes europeus em Paris. O encontro ocorre num momento em que os esforços de Washington para pôr fim à invasão russa na Ucrânia parecem estagnados.

Anexação de territórios

Em entrevista publicada no site do Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta quarta-feira, o chanceler Sergei Lavrov indicou o desejo de que Kiev ceda as quatro regiões ucranianas que Moscou afirma ter anexado desde setembro de 2022. “Para que a paz seja duradoura, as novas realidades territoriais que emergiram (…) devem ser reconhecidas e formalizadas de acordo com o direito internacional”, afirmou.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiga, reagiu rapidamente, denunciando “uma nova série de velhos ultimatos”. Segundo ele, “a Rússia não mudou seus objetivos brutais e não demonstra disposição para negociações significativas”, conforme declarou nas redes sociais. “Isso prova que o apetite do agressor só aumenta quando não é submetido à pressão e à força. É hora de atingir a máquina de guerra russa com novas sanções severas”, completou Sybiga.

Essa escalada militar ocorreu enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, estava em Pequim, onde assistiu ao desfile das comemorações pelo 80º aniversário da vitória sobre o Japão e do fim da Segunda Guerra Mundial. Na Praça da Paz Celestial, Putin sentou-se ao lado de vários líderes estrangeiros, incluindo o norte-coreano Kim Jong-un — em uma demonstração de força militar e diplomática exibida ao mundo.

A ofensiva russa também acontece enquanto o secretário de Defesa britânico, John Healey, visita Kiev.

(Com RFI)

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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