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A Rússia lançou um ataque com mísseis e drones contra Kiev, capital da Ucrânia, na madrugada deste sábado (27), deixando ao menos 11 pessoas feridas, entre elas duas crianças, segundo autoridades locais. A ofensiva ocorreu um dia antes de uma reunião prevista entre representantes da Ucrânia e dos Estados Unidos.
Explosões foram registradas por várias horas na cidade, atingida por mísseis balísticos e drones. O ataque começou ainda durante a madrugada e se estendeu até o amanhecer. Em decorrência dos bombardeios, a empresa estatal de energia Ukrenergo adotou cortes emergenciais no fornecimento de eletricidade.
A ofensiva acontece às vésperas de um encontro entre o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcado para domingo. A reunião deve abordar novas negociações com o objetivo de encerrar o conflito, que já se estende por quase quatro anos. Entre os temas previstos estão garantias de segurança e disputas territoriais nas regiões de Donetsk e Zaporizhzhia.
Sete locais atingidos
De acordo com o chefe da Administração Militar da Cidade de Kiev, Tymur Tkachenko, ao menos sete locais da capital foram atingidos. Um incêndio foi registrado em um prédio residencial de 18 andares no distrito de Dnipro, mobilizando equipes de emergência para conter as chamas.
Outro edifício residencial, de 24 andares, foi atingido no distrito de Darnytsia. Também houve registros de incêndios nos distritos de Obolonskyi e Holosiivskyi.
Na região metropolitana de Kiev, os ataques atingiram áreas industriais e residenciais, segundo o Serviço de Emergência da Ucrânia. Na cidade de Vyshhorod, equipes de resgate retiraram uma pessoa com vida dos escombros de uma casa destruída.
Camboja e Tailândia negociam cessar-fogo
O Camboja acusou a Tailândia de realizar um ataque aéreo no noroeste do país, mesmo enquanto os dois governos mantêm negociações para tentar encerrar os confrontos iniciados no começo de dezembro. Segundo o Ministério da Defesa cambojano, caças F-16 da Força Aérea tailandesa lançaram quatro bombas contra um alvo na cidade de Serei Saophoan.
Na sexta-feira (26), o Camboja já havia relatado um ataque semelhante na vila de Chok Chey, na mesma província, onde cerca de 40 bombas teriam sido lançadas. O Exército da Tailândia confirmou essa ofensiva. Ambos os países afirmam agir em legítima defesa e se acusam mutuamente de violar o cessar-fogo.
Disputas territoriais históricas ao longo da fronteira entre os dois países estão na origem das tensões, que se transformaram em confronto armado aberto no fim de julho. Após cinco dias de combates, a mediação do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, com apoio da pressão diplomática do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou Camboja e Tailândia a concordarem com um cessar-fogo considerado instável.
Apesar dos ataques, autoridades militares dos dois países mantiveram, na sexta-feira, o terceiro dia consecutivo de reuniões do Comitê Geral de Fronteira. A expectativa é que os trabalhos sejam concluídos neste sábado, com a participação dos ministros da Defesa cambojano e tailandês para a formalização de um acordo.
O primeiro-ministro da Tailândia, Anutin Charnvirakul, afirmou esperar que o Camboja aceite um cessar-fogo de 72 horas. Segundo ele, caso a trégua seja cumprida, Bangcoc poderá considerar a repatriação de prisioneiros de guerra cambojanos, uma das principais exigências de Phnom Penh.
Nesta semana, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse ao primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, que Washington está disposto a “facilitar discussões para garantir paz e estabilidade” entre Camboja e Tailândia.
