Bombeiros socorrem vítimas de explosão no restaurante Jamile. Foto: reprodução

O restaurante Jamile, localizado no bairro do Bixiga, em São Paulo, onde o teto desabou na última quarta-feira (8), matando uma funcionária e ferindo outras cinco pessoas, não tinha autorização para realizar obras no imóvel. Segundo a Prefeitura de São Paulo, três pedidos de licença de reforma foram negados entre 2012 e 2019 por falta de documentação, e o processo foi encerrado definitivamente em 2021.

A Subprefeitura da Sé informou que as solicitações foram indeferidas pela ausência de documentos exigidos por lei. Mesmo assim, imagens do Google Street View mostram que o prédio passou por modificações, incluindo a construção de um rooftop entre 2017 e 2018. O espaço era usado para eventos e festas, e a estrutura se somava aos andares onde funcionavam a cozinha e o salão principal do restaurante.

De acordo com a gestão municipal, será aberta uma apuração interna para identificar por que os pedidos foram negados e quais medidas de fiscalização foram adotadas à época. A Prefeitura também destacou que o Jamile possuía licença de funcionamento e licença sanitária válidas, mas nenhuma autorização para intervenções estruturais. Após o acidente, a Defesa Civil interditou o prédio por risco de colapso.

Em nota, o restaurante afirmou estar prestando assistência aos funcionários e à família da cozinheira Suênia Maria Tomé Bezerra, que morreu após ficar presa sob os escombros. O Jamile disse ainda que custeou o translado do corpo para a Paraíba e ofereceu apoio psicológico aos colaboradores. O caso segue sob investigação das autoridades municipais e do Corpo de Bombeiros.

* O chef Henrique Fogaça foi o responsável pela criação do cardápio da casa, mas não tem participação na gestão do restaurante.



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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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