Para os especialistas, a atitude da equipe em manter a iluminação foi fundamental para que parte das pessoas se salvasse. “Eles [os responsáveis pelas caldeiras] mantiveram as luzes e a energia funcionando até o fim, para dar à tripulação tempo de lançar os botes salva-vidas com alguma luz, em vez de na escuridão total”, explicou Stephenson. Segundo o especialista, todos os membros que trabalhavam nas caldeiras morreram no acidente.
Uma escotilha destruída, que provavelmente foi quebrada com o impacto contra o iceberg, também foi notada no escaneamento. Para a equipe responsável pelos estudos, este detalhe corrobora o relato de sobreviventes, que disseram que o gelo invadiu algumas das cabines quando o Titanic colidiu com a enorme pedra de gelo.
Os detalhes do naufrágio
A partir de modelo estrutural desenvolvido baseado na planta do Titanic, foi possível identificar a velocidade, a direção e a posição do navio. “Utilizamos algoritmos numéricos avançados, modelagem computacional e supercomputadores para reconstruir o naufrágio do Titanic”, disse Jeom-Kee Paik, líder da pesquisa e professor da Universidade College London, no Reino Unido, à BBC.
Em contraste ao estado de conservação da proa, a popa do navio está destruída. Segundo os pesquisadores, a parte traseira do Titanic se resume a um “amontoado de metal retorcido”.