O município de Realeza, no sudoeste do Paraná, está sem água desde a manhã de quarta-feira (24), após a contaminação do rio Sarandi, única fonte de captação da cidade.
Segundo o prefeito Paulo Cezar Casaril (PSD), a falta de água foi causada pelo derramamento de matéria orgânica de uma esterqueira, que atingiu o rio “de forma involuntária”. O prefeito reforçou que o acidente ocorreu em um município vizinho, mas acabou prejudicando diretamente a população de Realeza.
“Estamos fazendo todo o esforço possível, mas é importante deixar claro que o problema não aconteceu dentro do nosso município. Mesmo assim, estamos atuando com todos os secretários e em contato direto com a Sanepar para garantir uma solução segura para o nosso povo”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais.
Situação atual
Na manhã desta quinta-feira (25), o prefeito esteve na estação de tratamento de água acompanhando os trabalhos da Sanepar. Ele destacou que técnicos estão realizando coletas a cada meia hora e já observaram melhora na qualidade da água.
“O problema não era tão grave quanto parecia. Foi material orgânico, mais simples de tratar, e os resultados já mostram avanço. Agora é uma questão de tempo e responsabilidade, porque precisamos garantir que a água chegue potável à população”, explicou Casaril.
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Segundo ele, a prioridade de abastecimento por caminhões-pipa segue para o hospital que está sem água, depois unidades de saúde e, em seguida, escolas. A expectativa é de que o fornecimento domiciliar seja restabelecido em um curto prazo.
Medidas emergenciais
A Sanepar suspendeu a captação assim que identificou alterações na qualidade do manancial e informou que só retomará o fornecimento após a normalização da água. O Instituto Água e Terra (IAT) já realizou coletas no local e elabora um laudo pericial.
Enquanto isso, três carretas e um caminhão-pipa enviados pela companhia abastecem pontos essenciais da cidade. De acordo com o prefeito, também foi estancado o vazamento de dejetos que atingiam o rio.
Impacto nas escolas
Mais de duas mil crianças ficaram sem aula nesta quinta-feira (25), e a prefeitura decidiu cancelar as atividades municipais de sexta-feira (26).
Já na rede estadual, com cinco escolas e 1.443 alunos, as aulas continuam em parte das unidades, que contam com caixas d’água e sistemas alternativos de abastecimento.
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