Desastre aéreo no Cazaquistão matou 38 pessoas no Natal de 2024
9 out
2025
– 09h54
(atualizado às 10h03)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu pela primeira vez que a queda de um avião da Embraer operado pela Azerbaijan Airlines no Cazaquistão, em 25 de dezembro de 2024, foi causada por mísseis antiaéreos russos, confirmando a principal hipótese da tragédia.
Em encontro nesta quinta-feira (9) com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Dushanbe, no Tajiquistão, o chefe do Kremlin disse que os disparos foram feitos devido à entrada de drones ucranianos no espaço aéreo da Rússia, porém assegurou que Moscou pagará todas as indenizações devidas.
“Agora podemos discutir de forma geral as causas desta tragédia. Ela está ligada a várias circunstâncias, e a primeira delas é que havia um drone ucraniano no céu”, declarou Putin.
Segundo o presidente, os mísseis lançados pelas forças russas explodiram “a poucos metros” do avião comercial. “A Rússia fará tudo o que for necessário para fornecer compensações, e as ações de todos os oficiais serão avaliadas legalmente”, acrescentou.
Marcas de perfuração na cauda já indicavam hipótese de míssil
A aeronave Embraer 190 voava entre Baku, no Azerbaijão, e Grozny, na Rússia, porém se desviou da rota e caiu perto de Aktau, no Cazaquistão, do outro lado do Mar Cáspio. Vídeos e fotos da cena da tragédia exibem marcas de perfuração na cauda do jato.
A tragédia matou 38 das 67 pessoas a bordo e provocou um esfriamento das relações entre Moscou e Baku. Nas semanas seguintes à queda, Aliyev já havia acusado a Rússia de ter atingido o avião durante a aproximação a Grozny, cobrando que o país assumisse a responsabilidade pelo caso.