A Praia do Pântano do Sul, localizada em Florianópolis, foi apontada como a mais contaminada por microplásticos no Brasil, segundo levantamento da ONG Sea Shepherd Brasil em conjunto com o Instituto Oceanográfico da USP. A pesquisa avaliou cerca de 7 mil quilômetros de costa e 306 praias, identificando resíduos plásticos em todas as regiões analisadas. 

Apesar da classificação oficial de que a praia está própria para banho, o volume de microplásticos levanta preocupações sobre efeitos ambientais e na vida marinha. A capital catarinense aparece novamente nos rankings: a Praia do Rizzo alcançou a terceira posição nacional em contaminação por microplásticos, reforçando o problema da poluição costeira na região.

Impactos ambientais e urgência na gestão do lixo nas praias

Microplásticos são partículas de plástico menores que cinco milímetros, resultantes da degradação de materiais plásticos descartados ou da fragmentação de objetos no mar. Essas partículas se acumulam na areia e na água, tornando-se parte do ambiente costeiro. Quando absorvidas por organismos marinhos, entram na cadeia alimentar e podem, em última instância, atingir o consumo humano por meio de peixes e frutos do mar.

O problema exige ações para reduzir a poluição e controlar o descarte inadequado. A política de gestão de resíduos deve incluir ampliação da reciclagem, incentivos ao uso de materiais menos agressivos ao meio ambiente e fiscalização eficaz dos descartes.

A educação ambiental junto à população e aos turistas é fundamental para reduzir o uso de plásticos descartáveis e evitar que o problema se agrave nas praias. Diante da contaminação registrada, Florianópolis encontra um desafio duplo: preservar sua vocação turística e ao mesmo tempo retomar o controle da limpeza costeira. 

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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