Ao chegar em casa, muitos brasileiros ainda mantêm o hábito de permanecer calçados, sem reconhecer os possíveis riscos à saúde. Cientistas alertam que usar sapatos dentro de casa pode introduzir bactérias, toxinas e contaminantes nocivos ao ambiente doméstico, comprometendo a qualidade do ar e a saúde dos moradores.
Contaminação trazida pelos sapatos
No ambiente doméstico, passamos cerca de 90% do nosso tempo. Isso torna a qualidade do ar interno fundamental. Estudos indicam que uma parte considerável da poluição interna provém do exterior, transportada pelos sapatos. Esses calçados podem trazer bactérias, como as coliformes fecais, patógenos resistentes a antibióticos e até metais pesados, que se acumulam nos lares de maneira silenciosa.
Sapatos também podem transportar toxinas derivadas de pesticidas presentes em gramados e compostos orgânicos voláteis de asfalto, ambos com potencial para afetar a saúde, especialmente de crianças pequenas e animais de estimação que passam tempo no chão.
Para minimizar essas ameaças invisíveis, a recomendação de especialistas é simples: deixar os sapatos do lado de fora. Criar um espaço próximo à porta de entrada para armazém de calçados pode ajudar na adoção desse hábito. Alternar o uso para “sapatos internos” ou chinelos específicos dentro de casa também contribui para manter o ambiente livre de contaminantes.
Adotar o hábito de não usar sapatos dentro de casa pode reduzir significativamente a exposição a contaminantes e melhorar a qualidade do ar interno. A prática protege principalmente crianças e animais de estimação, que estão mais vulneráveis. Conforme os estudos continuam, especialistas reforçam a importância de repensar esse simples hábito rotineiro. Proteger a saúde dos moradores pode começar com pequenas ações na entrada do lar.