O ex-presidente Jair Bolsonaro, que acaba de ser condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, já é carta fora do baralho. Portanto, não há melhor momento para que o agronegócio brasileiro, que foi uma das bases de sustentação deste projeto político fracassado, faça uma autocrítica e passe a apoiar quem realmente fortalece o setor. Ele mesmo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao contrário do governo anterior, marcado por isolamento internacional e retórica vazia, Lula tem entregado resultados objetivos para os produtores rurais. A parceria estratégica com o presidente chinês Xi Jinping já se traduziu em um aumento de 31% das exportações de soja para a China em agosto, compensando a queda de vendas para os Estados Unidos, sufocadas pelo tarifaço de Donald Trump.

Além disso, o governo brasileiro tem atuado para abrir novos mercados, diversificando a pauta de exportações e ampliando as oportunidades de vendas externas. Outro marco foi o lançamento do maior Plano Safra da história, com volume recorde de crédito rural, que garante não apenas financiamento para custeio e investimento, mas também segurança para pequenos, médios e grandes produtores.

Não menos relevante foi a volta do BNDES ao setor, devolvendo aos agricultores um instrumento crucial de financiamento de longo prazo, que havia sido praticamente abandonado no período bolsonarista. Essas medidas combinam pragmatismo econômico com visão estratégica, fortalecendo a agricultura como motor do desenvolvimento nacional.

O preço do isolamento

Bolsonaro e seu provável sucessor Tarcisio de Freitas são adeptos de uma diplomacia de alinhamento cego a Washington. Com a chegada de Donald Trump ao poder, com a imposição de tarifas ao Brasil, não há caminho lógico e racional que não seja o apoio à reeleição de Lula em 2026.

Hoje, é justamente a diplomacia ativa de Lula que recoloca o Brasil como fornecedor confiável e parceiro preferencial da China e de outros grandes compradores globais.

Todos esses avanços políticos e econômicos coincidem com a maior safra da história do Brasil. Segundo a Conab, foram 350,2 milhões de toneladas de grãos colhidas em 2024/25, crescimento de 16,3% em relação ao ciclo anterior. A soja atingiu 171,5 milhões de toneladas, e o milho chegou a 139,7 milhões, ambos em níveis recordes.

Esses números mostram que o agro nunca esteve tão forte. Mas de nada adiantaria colher tanto se o Brasil não tivesse quem comprasse. E é aí que a liderança de Lula faz toda a diferença: garantir que a abundância do campo brasileiro se converta em riqueza nacional.

O agro precisa reconhecer: apoiar Bolsonaro foi um erro histórico. Se o setor deseja garantir prosperidade duradoura, é hora de se alinhar a quem realmente entrega resultados.

Por pragmatismo, por inteligência e por sobrevivência, a única escolha possível hoje é apoiar Lula. E nem é necessário ajoelhar no milho.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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