O plástico descartável está presente no dia a dia, em itens como copos de café, colheres e sacolas de delivery. Apesar de parte dele ser reciclável, grande quantidade acaba nos oceanos, causando poluição e impactos graves ao meio ambiente. Segundo a ONU, o Brasil descarta cerca de 3,44 milhões de toneladas de plástico nos mares anualmente, contaminando a água, a vida marinha e, eventualmente, os seres humanos.
É importante diferenciar reciclável de reciclabilidade: materiais recicláveis podem ser transformados em novos produtos, enquanto a reciclabilidade se refere ao potencial de um material ser reciclado, que muitas vezes é limitado por custos ou tecnologias. Com o tempo, o plástico se degrada em micropartículas que entram na cadeia alimentar, já tendo sido encontradas em órgãos humanos como cérebro, pulmão e esperma, representando riscos à saúde, segundo a OMS.
Além da contaminação, o plástico mata animais marinhos, como tartarugas, golfinhos e peixes, que ingerem ou ficam presos em resíduos. Iniciativas como o projeto Ocean Cleanup, na Holanda, buscam remover plástico de áreas críticas dos oceanos, com a meta de retirar até 80% do lixo oceânico até 2030. No entanto, apenas limpar não basta: é fundamental reduzir a quantidade de plástico que chega ao mar todos os anos.
A solução envolve ação conjunta: empresas precisam investir em embalagens menos poluentes, governos devem criar leis rigorosas para responsabilizar os poluidores e consumidores podem repensar o uso de descartáveis. Cada tipo de objeto tem um tempo de decomposição longo — sacos plásticos levam 20 anos, copos de isopor 50 anos, canudos 200 anos, garrafas plásticas 450 anos e fraldas descartáveis também 450 anos — reforçando a urgência da mudança de hábitos.
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