Uma destilaria de Palmital, na região de Assis, pode estar envolvida como fábrica clandestina na falsificação de bebidas alcoólicas com metanol, substância altamente tóxica que já provocou diversas mortes no país, das quais seis apenas no estado de São Paulo.
Nesta quinta-feira (dia 16), equipes da Delegacia de Marília da Polícia Federal foram cumprir mandados de busca na destilaria, como parte da Operação Alquimia, e encontraram notas fiscais e documentos mostrando a compra dessa substância, mesmo com a empresa estar desativada.
A PF suspeita que o CNPJ da destilaria foi usada para compra do metanol, inicialmente usado para “batizar” o combustível de veículos (etanol) e que pode estar sendo usado também para contaminar bebidas alcoólicas, colocando em risco a vida de pessoas.
A operação Alquimia
A operação Alquimia foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (16) em 21 cidades dos estados de São Paulo (Palmital, capital paulista, Laranjal Paulista, Guarulhos, Suzano, Araquariguama, Sumaré, Cotia, Limeira, Jandira, Arujá, Cerqueira Cesar, Morro Agudo e Avaré), Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Coordenada pela Polícia Federal, Receita Federal, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, mobilizou 80 policiais federais e 70 servidores dos demais órgãos participam das ações.
As equipes tinham como alvo investigar ações em 24 empresas. O objetivo da ação é coletar e analisar amostras dos produtos fabricados nessas unidades e atestar a regularidade de suas composições químicas.
“Todo resultado servirá de subsídio para a instrução de investigações conduzidas pela Polícia Federal a respeito dos eventos de desvio e contaminação de bebidas alcoólicas por metanol, desde o início de setembro deste ano”, informou em nota a Polícia Federal.