Coleta de material genético ocorreu na Comunidade Democracia, em Manicoré (Foto: PF/Divulgação)
Coleta de material genético ocorreu na Comunidade Democracia, em Manicoré (Foto: PF/Divulgação)
Do ATUAL

MANAUS – A Polícia Federal realizará exames de laboratório para identificar o grau de contaminação por mercúrio em ribeirinhos da Comunidade Democracia no município de Manicoré, no Rio Madeira, a 390 quilômetros de Manaus. O garimpo ilegal é intenso na região.

Perito da PF colheu amostras de material genético como cabelos na quinta-feira (18). A coleta é uma das ações da PF na Operação Boiuna de combate à atividade garimpeira ilegal no Rio Madeira, onde balsas e dragas foram destruídas com explosivos nesta semana.

Agentes do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho participaram da operação e ouviram 15 moradores sobre hábitos alimentares, pesca e contatos com os garimpeiros.

O combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira é coordenado pelo Centro de Cooperação Policial Internacional Amazonas, inaugurado semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Manaus. A PF quer identificar os impactos relacionados à atividade de garimpo nos moradores e meio ambiente da região.

As informações obtidas contribuirão para a avaliação técnica da exposição da população a contaminantes químicos e para embasar medidas de proteção social e de saúde pública.

Na operação de destruição de embarcações usadas pelos garimpeiros nos municípios de Manicoré e Humaitá foram inutilizadas 277 dragas avaliadas em R$ 20 milhões.

As explosões das embarcações geraram conflito em Humaitá onde agentes da Força Nacional de Segurança usaram bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar garimpeiros que ameaçavam reagir contra a destruição.

Leia mais: PF diz que combate ao garimpo ilegal na Amazônia é forma de salvar vidas

Em sete meses, a PF estima que a quantidade de ouro extraída ilegalmente no rio foi equivalente a R$ 245,4 milhões. Conforme a corporação, os impactos socioambientais foram de R$ 630,9 milhões.

Os danos ambientais e sociais são equivalentes a R$ 876,4 milhões.

Balsas foram explodidas na orla de Humaitá no combate ao garimpo ilegal (Imagem: PF/Reprodução)
Balsas foram explodidas na orla de Humaitá no combate ao garimpo ilegal (Imagem: PF/Reprodução)



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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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