Um das novidades implantadas na gestão do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), o departamento exclusivo de perícia ambiental tem ajudado o estado a acelerar as respostas a crimes contra a fauna e a flora. Criada em dezembro de 2019, a seção específica da Polícia Científica do Paraná já concluiu cerca de 1.500 solicitações, que incluem ocorrências de desmatamento, contaminação de recursos hídricos, poluição atmosférica e maus-tratos a animais.

O trabalho envolve transformar vestígios deixados na natureza em evidências científicas. Amostras de solo, cinzas ou troncos cortados são analisadas para revelar o impacto das ações humanas sobre o meio ambiente e fornecer subsídios às investigações policiais. Dessa forma, a perícia não apenas busca compreender a extensão dos danos, mas também reforçar a preservação ambiental como uma questão de segurança pública.

“As investigações dos crimes ambientais ganharam a devida importância quando o governador Ratinho Junior criou a seção da perícia ambiental. Antes as perícias eram feitas em menor número e por meio de ofícios, mas, a partir da nova seção, a demanda cresceu e a Polícia Científica consegue identificar criminosos e analisar evidências com maior especificidade”, afirmou o secretário da Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira.

Após as análises realizadas em campo, as amostras coletadas são encaminhadas aos laboratórios da Polícia Científica, onde passam por exames químicos e biológicos. O trabalho é semelhante a outras seções, como perícias de local de crime e toxicológica, que também dependem de análises detalhadas.

E embora cada área tenha seu método, o objetivo é semelhante: fornecer informações precisas que subsidiem investigações, auxiliem na responsabilização de infratores e fortaleçam a atuação da justiça. Na prática, o laboratório funciona como um elo entre o que é encontrado no campo e a construção de um laudo técnico confiável, capaz de embasar ações judiciais e medidas de preservação ambiental.

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“Nosso trabalho busca entender o que causou o impacto, qual foi a extensão do dano, avaliar as consequências para o meio ambiente e determinar a relação entre a ação humana e o dano ambiental”, explica a perita oficial da Polícia Científica do Paraná (PCIPR), Amanda Cristina de Jesus Cunha. “É um tipo de perícia que envolve diversas áreas do conhecimento — como biologia, medicina veterinária, engenharias, química e geologia — e que muitas vezes é realizada em locais amplos ou de difícil acesso, exigindo um planejamento prévio para atendimento da demanda pericial”.

Até então, as perícias ambientais eram realizadas de forma pontual geralmente por meio de ofícios e sem o acionamento direto de equipes ao local. De modo geral, os atendimentos eram feitos em regime de plantão, com apoio das seções de perícia de local de crime, o que delimitava a capacidade de resposta e detalhamento técnico das análises. Com a estruturação da nova seção, o reflexo é o fortalecimento da atuação da PCIPR em ocorrências que envolvem danos ao meio ambiente.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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