O chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, general Dan Kane, divulgou nesta semana imagens inéditas de um teste com a bomba GBU-57, a mesma utilizada no ataque aéreo contra a instalação nuclear de Fordau, no Irã, realizado no último sábado. O vídeo foi exibido como parte da estratégia do Pentágono para detalhar a operação, que, segundo autoridades americanas, teve como alvo o centro nuclear subterrâneo mais protegido do país persa.
A GBU-57, também conhecida como Massive Ordnance Penetrator (MOP), é uma bomba antibunker projetada especificamente para destruir instalações fortificadas no subsolo. Nas imagens reveladas pelo Pentágono, é possível ver a sequência completa do armamento penetrando camadas rochosas antes de detonar internamente, o que evita explosões visíveis na superfície. O vídeo complementa declarações recentes de autoridades do Departamento de Defesa sobre a sofisticação da missão.
Durante uma coletiva de imprensa, o secretário de Defesa dos EUA afirmou que o ataque foi realizado com base em inteligência conjunta da CIA, das Forças de Defesa de Israel e da Agência Internacional de Energia Atômica. Apesar do sucesso operacional apontado pela Casa Branca, um relatório preliminar da inteligência americana indica que o impacto no programa nuclear iraniano pode ter sido limitado, com um atraso estimado em apenas alguns meses.
Ataque gerou incertezas sobre material nuclear e motivação estratégica
Ainda não está claro se o regime iraniano conseguiu retirar o urânio enriquecido da instalação antes do bombardeio. Autoridades dos EUA negam que haja indícios de evacuação do material. A instalação de Fordau, localizada sob uma montanha, é considerada uma das mais difíceis de atingir por meios convencionais, razão pela qual a GBU-57 foi empregada na missão.
O jornalista Pete Hegseth, citando fontes do governo, afirmou que esta foi uma das operações mais complexas da história militar americana. A ação ocorreu em um momento de crescente tensão internacional sobre a retomada do programa nuclear iraniano, após uma série de alertas emitidos por agências internacionais sobre o enriquecimento de urânio em níveis não permitidos por acordos multilaterais.
As informações foram divulgadas por veículos como Fox News, Associated Press e G1, com base em comunicados oficiais do Departamento de Defesa dos EUA e declarações públicas de autoridades envolvidas na operação.
