Em meio ao período de férias escolares e ao aumento da convivência das crianças em casa e em ambientes externos, a pediatra Ana Paula Bosi chama atenção para cuidados que vão além do calor e dos acidentes domésticos. Ela alerta para a persistência de verminoses, os riscos relacionados à água e à higiene e a convivência com animais de estimação, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento médico para evitar problemas de saúde comuns nesta época do ano.
Segundo a especialista, o uso preventivo de vermífugos pode ser um importante aliado, mas deve sempre ser avaliado individualmente pelo pediatra. “A indicação do vermífugo varia conforme a idade da criança e o contexto em que ela vive. Em geral, pode ser utilizado a partir de um ano de idade, especialmente em situações de maior vulnerabilidade”, explica.
Ana Paula ressalta que sinais como diarreia prolongada, dor abdominal, perda de peso ou coceira anal podem indicar infecção por parasitas e exigem atenção. “Quando há suspeita ou confirmação de verminose, o tratamento deve ser feito corretamente e, muitas vezes, estendido a todos os moradores da casa, porque existem pessoas assintomáticas que continuam transmitindo o parasita”, alertou.
Outro ponto destacado pela pediatra foi o cuidado com a água consumida pelas crianças. Apesar de a água tratada reduzir riscos, ela não está totalmente livre de contaminações. “Sempre que possível, o ideal é oferecer água filtrada, fervida ou mineral, principalmente durante viagens, quando há maior exposição a ambientes com aglomeração e consumo fora de casa”, orienta.
A convivência com animais de estimação também exige atenção redobrada. De acordo com a médica, cães, gatos e até aves domésticas precisam estar com vacinação e vermifugação em dia. “Parasitas presentes nas fezes dos animais podem causar doenças nas crianças, como a larva migrans, conhecida popularmente como bicho geográfico. Além disso, é importante evitar contato direto com a boca, como beijos e lambidas”, explica.
Por fim, Ana Paula Bosi reforça os cuidados com recém-nascidos, especialmente neste período de visitas e confraternizações. “O ideal é adiar visitas até que o bebê receba as primeiras vacinas, porque a imunidade nessa fase é muito baixa e o risco de transmissão de vírus e bactérias é maior”, concluiu.
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