A consequência visual foi imediata. O lago ganhou tonalidade azulada e dezenas de aves aquáticas, entre patos e gansos, ficaram tingidas. Imagens dos animais com penas azuis circularam nas redes sociais, provocando perplexidade entre moradores e visitantes do parque. Embora os animais não tenham apresentado sinais de intoxicação imediata, autoridades ambientais agiram com rapidez.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi acionada para conter o avanço do corante e iniciar a análise da substância. Em nota, o órgão afirmou que medidas emergenciais foram implementadas e que não houve registro de peixes mortos até o momento. A coloração da água, no entanto, continua sendo monitorada, e avaliações sobre o risco à fauna seguem em andamento.
O Departamento de Bem-Estar Animal de Jundiaí (DEBEA) organizou o resgate imediato dos animais afetados. Patos, gansos e até capivaras foram levados à ONG Mata Ciliar, referência no acolhimento e tratamento de animais silvestres. A operação foi descrita como preventiva, uma vez que os efeitos prolongados do corante ainda não são completamente conhecidos.
Como reflexo do acidente, a avenida César Brunholli precisou ser interditada. A via, próxima ao parque, acumulou resíduos do produto derramado, exigindo a atuação de equipes de limpeza e controle de tráfego. Técnicos ambientais e servidores municipais continuam atuando no local para minimizar riscos à população e à natureza ao redor do parque.
Essa não foi a primeira vez que o lago do Jardim Tulipas esteve no centro de uma crise envolvendo animais. Em 2013, moradores denunciaram a morte de 11 patos, encontrados com perfurações no peito. O episódio virou caso policial, mas terminou sem responsabilizações, alimentando especulações sobre vandalismo.
As imagens mais recentes do local, divulgadas após o acidente, mostram o caminhão avariado com a carroceria parcialmente destruída. Fios elétricos pendem do poste atingido e uma lona vermelha caída compõe o cenário interrompido do parque urbano. Em contraste com o verde natural e o céu limpo, as penas azuladas dos animais se tornaram símbolo de um desequilíbrio inesperado.
Fonte: Carro.Blog.Br.