Quase 83 anos após ter sido arrancada por um torpedo japonês durante a Segunda Guerra Mundial, a proa do cruzador USS New Orleans foi localizada no fundo do mar, próximo às Ilhas Salomão. A descoberta foi feita no último domingo (7) por uma equipe da Ocean Exploration Trust, durante uma missão de mapeamento no Iron Bottom Sound — região marcada por dezenas de naufrágios históricos. A seção de cerca de 45 metros estava coberta por vida marinha, mas ainda preservava fragmentos de tinta no casco e uma âncora gravada, o que ajudou na identificação.
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A proa havia sido destruída em 30 de novembro de 1942, quando um torpedo do tipo “Long Lance” atingiu o navio durante a Batalha de Tassafaronga, no Pacífico. A explosão arrancou um terço da embarcação e matou 182 tripulantes. Mesmo gravemente danificado, o USS New Orleans conseguiu permanecer à tona, graças ao trabalho incansável de sua tripulação.
Imagens foram transmitidas em tempo real e analisadas por especialistas de diferentes partes do mundo, que confirmaram a origem da peça.
Após o ataque, o cruzador foi rebocado até um porto próximo, onde os marinheiros improvisaram uma estrutura com troncos de coqueiro para estabilizar o navio. Com essa solução emergencial, conseguiram fazer com que ele navegasse de ré até os Estados Unidos, onde passou por reparos permanentes. De acordo com registros históricos, o New Orleans foi o cruzador norte-americano mais danificado a sobreviver à Segunda Guerra Mundial.
“Ao encontrar a proa, temos a chance de lembrar o sacrifício e a bravura daquela tripulação em uma das noites mais difíceis da história da Marinha dos EUA”, declarou Samuel J. Cox, diretor do Comando de História e Patrimônio Naval. A descoberta também reforça a importância das expedições arqueológicas subaquáticas na preservação da memória e do legado dos que combateram em nome da liberdade.