Multidões de palestinos se aglomeraram em um pequeno complexo para receber algumas conchas de sopa no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, neste domingo (20), enquanto autoridades de saúde alertam para o agravamento da crise de fome.
Um Mahmoud Abu Tarboush, uma mãe palestina, destacou que não quer alimentos apenas para “com sorte, evitar a fome”. Ela também pediu que as fronteiras sejam abertas para permitir a entrada de mais ajuda.
A ONU afirmou neste domingo que os civis estão morrendo de fome e precisam de um fluxo urgente de alimentos e suprimentos médicos.
Moradores relataram que está se tornando impossível encontrar itens essenciais como farinha.
Palestinos morrem de fome em Gaza
O Ministério da Saúde de Gaza informou que mais de 70 crianças morreram de desnutrição durante a guerra e que outras 60 mil sofriam de sintomas de desnutrição.
A pasta também ressaltou que 18 pessoas morreram de fome nas últimas 24 horas.
Os preços dos alimentos aumentaram muito além do que a maioria da população de mais de dois milhões de pessoas pode pagar.
A UNRWA, agência da ONU para refugiados dedicada aos palestinos, exigiu que Israel autorize a entrada de mais caminhões de ajuda humanitária em Gaza, alegando que havia comida suficiente para toda a população por mais de três meses, mas que os suprimentos não tiveram entrada autorizada.
Israel rejeitou as acusações de que estaria obstruindo o envio de ajuda humanitária a Gaza, atribuindo a escassez a um suposto roubo pelo Hamas. O grupo palestino também negou a alegação.