Morreu, no Rio de Janeiro, o entregador Bruno Rodrigues Ventura dos Santos, de 29 anos, que sofreu contaminação por ácido durante uma sessão de hemodiálise.
Bruno passou 18 dias internado em estado grave no pronto-socorro de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Ele chegou à unidade inconsciente, com hemorragia e edema cerebrais, após ser contaminado acidentalmente com ácido peracético durante o procedimento.
A substância é utilizada na limpeza das máquinas e não havia sido totalmente removida. Resíduos acabaram sendo injetados diretamente no sangue do paciente.
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Inicialmente, o caso era investigado pela Polícia Civil como lesão corporal por imperícia. Agora, passou a ser tratado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Bruno realizava sessões de hemodiálise na clínica três vezes por semana, havia um ano e dois meses.
A clínica era conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos pela rede pública foram suspensos, mas a unidade segue aberta para procedimentos particulares. Na tarde desta terça-feira (9), a equipe do SBT tentou falar com representantes, mas não havia ninguém no local.
Segundo a Vigilância Sanitária, a licença de funcionamento da clínica está em dia. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde exigiu a apresentação de um cronograma de melhorias nos processos de trabalho e no treinamento das equipes. Já o certificado de regularidade técnica, emitido pelo Conselho Regional de Medicina (Cremerj), está expirado desde o fim de junho. O órgão informou que está tomando as providências cabíveis.
O corpo de Bruno será enterrado nesta quarta-feira (10). Por meio de um advogado, a clínica declarou que colabora com a polícia e se solidariza com a família da vítima.