“O reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano pelo Reino Unido, Austrália e Canadá é um desastre diplomático, um passo prejudicial que recompensa o terrorismo”, criticou Yair Lapid em declaração ao jornal “The Times of Israel”, citado pela Europa Press.

“Um Governo israelita funcional poderia ter evitado isso com um trabalho inteligente e sério, com diálogo diplomático profissional e uma diplomacia pública adequada”, argumentou.

Em contrapartida, acrescentou, o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu trouxe “o pior desastre de segurança” da história e agora “a crise diplomática mais grave da história”.

Os governos do Reino Unido, do Canadá e da Austrália formalizaram hoje o reconhecimento do Estado da Palestina, um passo que Portugal deverá anunciar ao início da noite, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Estes reconhecimentos surgem num contexto de crescente pressão diplomática para avançar com uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, marcado por décadas de impasse nas negociações de paz.

Na segunda-feira decorre uma conferência, promovida pela França e Arábia Saudita, sobre a solução dos dois Estados, no âmbito da semana de alto nível da 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também reconhecerá o Estado palestiniano durante a conferência desta segunda-feira.

Outros países que deverão fazê-lo são Bélgica, Malta, Luxemburgo (todos da União Europeia), Andorra e São Marino, segundo a presidência francesa.

Quase 150 países reconhecem o Estado palestiniano em todo o mundo, sendo que Reino Unido e Canadá tornaram-se hoje os primeiros do G7 — o grupo das sete maiores economias desenvolvidas do mundo – a fazê-lo.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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