
Uma ação de combate ao garimpo ilegal no oeste do Amazonas resultou na destruição de 13 dragas e outras estruturas usadas na extração clandestina de ouro. As ações ocorreram entre os dias 16 e 24 de novembro nas regiões dos municípios de Japurá e Jutaí. O material destruído foi avaliado em R$ 17,5 milhões.
A operação, chamada Hekurawetaris III, envolveu agentes do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Polícia Federal, Funai, Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari e Exército Brasileiro.
As ações se concentraram em áreas protegidas que inclui duas Terras Indígenas (Vale do Javari e Rio Biá), uma Unidade de Conservação estadual (Reserva de Desenvolvimento Sustentável Cujubim) e três Unidades de Conservação federais: Estação Ecológica Juami-Japurá, Estação Ecológica de Jutaí-Solimões e Reserva Extrativista do Rio Jutaí. Todas integram o Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Tefé.
Segundo os órgãos envolvidos, o objetivo foi interromper frentes de garimpo que avançavam sobre esses territórios provocando degradação dos leitos e margens dos rios, desmatamento, aumento da sedimentação e risco de contaminação por mercúrio utilizado na extração de ouro.
Além dos danos ambientais, o garimpo ilegal pressiona povos indígenas e comunidades tradicionais da região, com invasões, redução da qualidade ambiental e risco de contaminação, afetando diretamente o modo de vida dessas populações. A operação também contou com apoio do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia.
