Codessais, Serpins, 19 de agosto. José, de 81 anos e Arminda, de 74 anos, veem parte da casa e todas as máquinas de trabalho de uma empresa familiar em cinzas, após um incêndio que lavrou naquela freguesia do concelho da Lousã, no dia 15 de agosto.
Dias depois deste desastre, e no meio de uma paisagem negra, o casal mostra-se revigorado. E, sem pensar em prejuízos, arregaça as mangas e limpa o entulho que as chamas haviam deixado.
É esta imagem que o DIÁRIO AS BEIRAS encontra, em Codessais. Arminda e José, com baldes na mão, acompanhados pelo cão de todas as horas, ferido e por isso com expressão de tristeza.
“O fogo esteve em cima da casa, mas não foi para dentro, queimou o telheiro e a parede ficou chamuscada, assim como a parte de trás do nosso carro. As máquinas [tratores e reboques] arderam todas, assim como uma casa de pedra que tínhamos mobilada. Limpámos muito do lixo, mas já temos alguma idade e não conseguimos fazer tudo. Vamos fazendo o que conseguimos e aos poucos”, diz Arminda.
A mulher, de 74 anos, conta que nunca pensou que as chamas chegassem até ali, mas quando as viu cercarem a sua casa apercebeu-se que este era “um dos piores dias” da sua vida.
“Estamos cá desde sempre, passaram aqui três incêndios, mas nunca vi nada desta dimensão. Este estava longe, mas de um momento para o outro, chegou. Fui regando a casa, mas de nada servia, visto que a água secava”, começou por explicar.
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