A contaminação do manancial do Sistema Imunana-Laranjal com tolueno, identificada em abril deste ano, afetou diretamente o fornecimento de água para cerca de 2 milhões de consumidores em Niterói, São Gonçalo, Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu), Itaboraí e da Ilha de Paquetá, na capital. Passados oito meses do caso, as causas e a origem do vazamento permanecem um mistério.
A possibilidade de o tolueno estar impregnado no solo da região e os possíveis impactos a longo prazo seguem sendo fonte de preocupação.
— A contaminação pode ser mais grave do que se imagina. Acreditamos que o tolueno ainda está presente na área — diz Alexandre Anderson, presidente da Associação Homens e Mulheres do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar).
Um grupo de trabalho monitorara a questão, mas, até o momento, segundo ele, as informações oficiais sobre a contaminação são limitadas.
A Cedae relatou que tomou medidas imediatas assim que o tolueno foi identificado no manancial. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) monitora a qualidade da água e realiza análises em diversos pontos da região. A investigação sobre a origem do vazamento é conduzida pela Polícia Civil, que abriu um inquérito para identificar os responsáveis.