A França, uma civilização moldada ao longo de séculos, enfrenta um momento de fragilidade. O recente roubo das joias do Museu do Louvre evidencia essa crise. Apesar da cobertura midiática, o assalto não foi uma cena digna de filme. Trata-se de um ato realizado em um país onde a segurança está em colapso e a governança se tornou superficial, preocupada apenas em coletar impostos.

Há mais de dez anos, percebo que a situação na França começou a se deteriorar. A primeira pista foi a falência dos trens, que outrora eram um símbolo da eficiência. Nos países desenvolvidos, a qualidade do serviço ferroviário é um reflexo da saúde da sociedade. Se os trens são pontuais e limpos, isso indica um ambiente social bem gerido. O contrário também é verdadeiro; a falta de cuidado gera preocupações.

O transporte ferroviário, antes um modelo, agora é visto como decadente. Mesmo que o sistema seja superior ao das linhas brasileiras, ele revela mais sobre a realidade nacional. Os museus, igualmente, são um termômetro do cuidado da sociedade com sua cultura. Museus bem mantidos demonstram uma população comprometida com seu patrimônio e história.

Os museus franceses ainda são renomados no mundo, mas, desde o roubo da espada de Charles X, quase 50 anos atrás, pouca ação efetiva foi tomada para proteger suas obras. Outros crimes ocorreram, como o furto de seis quilos de ouro do Museu de História Natural de Paris, apenas alguns meses atrás.

Os roubos de obras de arte em igrejas também estão crescendo. Em 2024, foram 288 registros, um aumento de 56% em relação ao ano anterior. Igrejas, como a Notre-Dame, estão em risco. O incêndio de 2019, que causou danos significativos, gerou uma conta de 700 milhões de euros para a reconstrução, mas as causas ainda não foram esclarecidas.

Esse cenário de desordem é alimentado pela falta de investigação. Quando ocorrem apurações, não há responsabilização clara, e essa omissão indica ineficiência governamental. O multiculturalismo, sem um sentido de identidade, se torna uma ameaça à cultura e tradição francesas.

O roubo recente no Louvre, realizado à vista de todos, é o mais recente exemplo dessa degradação. Entre as joias roubadas estava um “broche relicário” pertencente à imperatriz Eugenie, rica em história e simbolismo. Os diamantes que adornam a peça têm conexões diretas com personagens icônicos da história francesa, como Luís XIV e Maria Antonieta.

A tradição de reutilizar pedras preciosas reflete a continuidade da monarquia, mas hoje o que prevalece é um processo de destruição da cultura e da sociedade francesa. O que resta de sua civilização é um sinal de alerta, uma necessidade urgente de resgatar seus valores e cuidar de seu legado.

O que você pensa sobre a situação atual na França? Achei essa questão instigante e adoraria ouvir suas opiniões e reflexões. Vamos conversar!

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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