Em agosto de 2023, Mia-Shay Hilaire, uma menina de 12 anos, sofreu uma reação alérgica fatal após consumir um milkshake no Pop Inn Café, em Londres. A bebida foi preparada em um liquidificador que não havia sido devidamente limpo, resultando em contaminação cruzada com nozes, às quais Mia-Shay era severamente alérgica. Ela foi levada ao hospital, mas infelizmente faleceu cinco dias depois.

Baris Yucel, de 47 anos, operador do café, admitiu seis acusações criminais relacionadas à morte da jovem. Ele foi multado em £18.000 (aproximadamente R$131.000) e condenado a 100 horas de trabalho comunitário. As acusações incluíam servir alimentos contendo alérgenos sem a devida comunicação, falta de sinalização sobre alérgenos para os clientes e falha em identificar riscos de contaminação cruzada.

Os pais de Mia-Shay, Adrian e Chanel, expressaram profunda dor ao saber que a morte de sua filha poderia ter sido evitada. Eles esperam que esta condenação sirva como um alerta para estabelecimentos alimentícios sobre a importância da segurança alimentar. O Conselho de Southwark, onde o café está localizado, concluiu que a bebida continha traços de avelãs ou amêndoas devido à limpeza inadequada do equipamento, levando Mia-Shay a sofrer um choque anafilático.

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Este trágico incidente ressalta a importância de protocolos rigorosos na preparação de alimentos para prevenir contaminações cruzadas, especialmente para clientes com alergias conhecidas.

O caso de Mia-Shay Hilaire não é um incidente isolado. Em 2016, a morte de Natasha Ednan-Laperouse, uma adolescente britânica de 15 anos, também chocou o Reino Unido. Natasha teve um choque anafilático fatal após consumir um sanduíche da rede de cafés Pret A Manger, que continha gergelim não informado no rótulo. Sua reação alérgica ocorreu durante um voo para a França, e apesar das tentativas de salvamento, ela não resistiu.

 

O caso de Natasha levou à criação da chamada “Lei de Natasha” no Reino Unido, que exige que todos os alimentos pré-embalados vendam listagens claras de alérgenos em seus rótulos. A morte de Mia-Shay agora reacende o debate sobre a fiscalização e a necessidade de medidas ainda mais rígidas para evitar novas tragédias.