Um estudo recente aponta que superflares, poderosas explosões solares, trazem ameaças significativas para a Terra. O fenômeno ocorre em estrelas semelhantes ao Sol e pode liberar até mil vezes mais energia do que uma explosão solar comum.
Esta pesquisa, publicada na revista Science, revela que tais eventos são mais frequentes do que se supunha, ocorrendo ao menos uma vez por século, conforme dados do telescópio espacial Kepler, da NASA, que observou 56.450 estrelas entre 2009 e 2013.
Consequências inesperadas de um superflare
Na Terra, os efeitos de um superflare podem ser notáveis. A energia liberada pode sobrecarregar redes elétricas ao induzir correntes elétricas em sistemas críticos, como transformadores e cabos subaquáticos de internet.
Mesmo que tais eventos ocorram em estrelas adjacentes ao nosso Sistema Solar, podem afetar severamente os sistemas de comunicação via satélite, levando a falhas tecnológicas significativas.
Impactos históricos e ambientais
Historicamente, eventos de superflares foram marcados por auroras visíveis em latitudes inesperadas. Anéis de crescimento nas árvores e camadas de gelo glaciais mostram registros desses fenômenos. Isso sugere que o impacto vai além da tecnologia, afetando também o meio ambiente.
Estudos com base em dados do telescópio espacial Kepler registraram 2.889 supererupções em apenas quatro anos, desmistificando a crença de que ocorrências eram raras e espaçadas em mil a dez mil anos.
Especialistas trabalham no desenvolvimento de sistemas de alerta antecipado. A ideia é fortalecer a infraestrutura de energia e telecomunicações mundial contra os efeitos de superblares.
