A iniciativa foi promovida pela Prefeitura na quinta-feira, 18, no LabCriativo do Mercado da Vila Belga (Foto João Vilnei/Prefeitura)

Por Diniana Rubin / Da Assessoria de Imprensa da Prefeitura

Para dialogar com a comunidade sobre estratégias para reduzir riscos e prevenir desastres no Município, foi realizada uma audiência pública nesta quinta-feira (18), no LabCriativo do Mercado da Vila Belga. A iniciativa foi promovida pela Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Resiliência Climática e Relações Comunitárias, em conjunto com o Comitê Gestor de Redução de Risco de Desastre, e reuniu cerca de 100 pessoas, entre autoridades do Executivo, de diversos setores e lideranças comunitárias.

O secretário interino de Resiliência Climática e Relações Comunitárias, Edson Roberto das Neves Junior, representou o Executivo Municipal e saudou os presentes.

“Agradecemos a todos os presentes nesta audiência que almejam uma Santa Maria mais segura e resiliente. Agradecimento especial ao grupo de técnicos e ao comitê que cumpriram o trabalho dentro do prazo previsto. Que através desta união de trabalho tenhamos frutos positivos. A apresentação deste plano contempla algumas áreas da cidade e os estudos poderão ter continuidade para atender outros pontos. Além disso, as pessoas podem acessar o site da Prefeitura e fazer o cadastramento de áreas afetadas por desastres, isso também vai gerar informações para estudos. Importante que as pessoas sigam fazendo ou pessoalmente e nos procurar na Secretaria de Resiliência Climática”, lembrou o secretário Edson.

O Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) de Santa Maria é um documento que visa identificar e mitigar riscos geológicos e hidrológicos, como deslizamentos e inundações, na cidade, buscando proteger a população e os assentamentos. Desenvolvido por meio de estudos técnicos e com envolvimento da comunidade, o plano inclui a priorização de áreas para intervenções estruturais (obras) e não estruturais (ordenamento territorial), além de ações educativas para aumentar a resiliência e a prevenção de desastres socioambientais. O PMRR é uma ferramenta estratégica para a gestão de risco tornando Santa Maria mais segura.

Na sequência, a geóloga, doutora em Geotecnia e coordenadora do Plano Municipal de Redução de Risco, professora Andréa Valli Nummer, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), apresentou os estudos realizados ao longo de 18 meses. As áreas escolhidas para o estudo do PMRR são locais que ocorreram riscos geológicos ou hidrológicos como nos bairros Urlândia, Santos, Km 3 e Itararé, Morro do Cechella, na Vila Nossa Senhora Aparecida, Vila Bilibiu, por exemplo.

Ao longo desse período, o grupo coordenado pela professora Andréa mapeou essas áreas de ocorrência de riscos geológicos e/ou hidrológicos, e a vulnerabilidade social e econômica de seus moradores. Ela explicou que foi utilizado um drone para reconhecimento de áreas, contato com a comunidade e lideranças, elaboração de mapas, oficinas comunitárias, mapeamento, setorização do risco de proposições de medidas estruturais e validação do Comitê Gestor e Comunidade.

Andréa destacou também que o PMRR serve de suporte à gestão de riscos e ao planejamento de um conjunto de medidas (estruturais e não estruturais) para a prevenção e mitigação de riscos de desastres. Risco é sempre quando ocorre um evento de qualquer natureza que oferece perigo e risco de desastre que atinge um sistema social vulnerável.

“A síntese do mapeamento foi realizada em 15 comunidades, oito bairros, 106 setores de risco alto e muito alto, sendo de risco alto 396 edificações, e risco muito alto 245 edificações. Foram considerados nos estudos os processos hidrológicos de inundação, Inundação/alagamento, inundação/enxurrada. Já os geológicos como erosão de margem e movimento de massa. Com a proposta deste PMRR serve de instrumento de gestão e de apoio na busca de recursos para mitigação do risco. E como propostas de intervenções estruturais para melhorar estas áreas são a limpeza de arroios, recuperação de pontes, infraestrutura de drenagem pluvial, por exemplo”, explicou Andréa durante a apresentação.

Além da apresentação dos estudos, houve momento para o público se manifestar com ideias e perguntas. As considerações apontadas constarão no documento que será enviado ao Governo Federal e, futuramente, um novo estudo poderá abranger outras áreas consideradas de risco no Município.

“É muito importante transformar o que está no papel na prática. Agradeço aos colegas da Prefeitura que trabalharam durante mais de 40 dias neste ano para executar outro projeto com uma riqueza técnica, mapeando regiões que normalmente são impactadas quando chove, por necessidade de mais infraestrutura. E hoje, tivemos a notícia que fomos contemplados com o investimento de mais de R$ 39 milhões do Novo PAC Seleções para Drenagem e Contenção de Encostas, do Governo Federal”, anunciou a secretária de Planejamento e Administração, Liana Trost Ebling.

O objetivo desta audiência foi dialogar com a comunidade sobre estratégias e ações para reduzir riscos, prevenir desastres e promover uma cidade mais segura, resiliente e preparada para os desafios climáticos. Participaram da audiência pública os secretários: de Habitação, Wagner Bitencourt; de Urbanismo e Projetos, Guilherme Schneider; de Meio Ambiente, Diego Rigon de Oliveira; e representantes da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade. Também estiveram presentes a responsável pelo Relacionamento Institucional na Corsan, Andréia de Moraes Zanini, o promotor de Justiça, Diego Correia de Barros, e o coordenador Regional de Proteção e Defesa Civil, o tenente-coronel Rafael Gonçalves Pereira.

PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *