Suspeitas, de 29 e 54 anos, foram presas durante uma operação da Polícia Civil no Norte do Estado
Duas mulheres foram presas, na manhã desta sexta-feira (13), suspeitas de aplicar golpes em vítimas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil, elas solicitavam dinheiro às vítimas, com a promessa de agilizar o recebimento de indenizações em função da tragédia, ocorrida em novembro de 2015, e que provocou o maior desastre ambiental da história do País.
Uma das suspeitas, de 29 anos, foi presa no bairro Elias Bragatto, em Ibiraçu, no Norte do Estado. A outra, de 54 anos, foi presa no bairro Guaxindiba, em Aracruz, também na Região Norte. Contra as duas, havia mandados de prisão em aberto pela prática de estelionato e extorsão.
De acordo com a Polícia Civil, a dupla fez pelo menos três vítimas. As investigações apontaram que a mulher de 29 anos abordava as vítimas de passando por advogada.
“A dupla prometia benefícios relacionados ao rompimento da barragem da mineradora Samarco e solicitava dinheiro às vítimas com a promessa de agilizar o recebimento das indenizações. À medida que as vítimas efetuavam os pagamentos e ficavam sem recursos financeiros, a mulher de 29 anos indicava a outra envolvida para conceder empréstimos em espécie”, explicou o titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz, delegado Ricardo Barbosa.
Ainda de acordo com o delegado, assim que as vítimas contraíam o empréstimo, passavam a ser extorquidas pelas suspeitas.
“Em dois casos, as vítimas foram induzidas a erro e acabaram adquirindo um carro e uma moto para as criminosas. Em outro caso, uma vendedora de joias sofreu um prejuízo de R$ 40 mil, após a mulher de 29 anos comprar diversas peças, comprometendo-se a pagar com cheques recebidos de terceiros pelos supostos serviços prestados para a obtenção de indenizações”, detalhou.
A operação que resultou na prisão das suspeitas foi feita pela Deic de Aracruz e contou com o apoio da Delegacia de Polícia (DP) de João Neiva. As duas presas foram encaminhadas ao Centro de Detenção Provisória (CDP) Feminino de Colatina, onde permanecerão à disposição da Justiça.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
