Moçambique concedeu às suas principais empresas estatais, incluindo a petrolífera nacional ENH, uma concessão de 30 anos para construir e operar instalações de gás natural no Porto da Beira e no complexo menor de Inhassoro, anunciou o governo nesta segunda-feira.
Os especialistas do país da África Austral para desenvolver suas reservas de petróleo e gás foram prejudicados por uma insurgência em curso, ligada a grupos islâmicos, no norte do país. Atrasou a planta de GNL da TotalEnergies, apesar de algumas melhorias na segurança.
A concessão será gerida por meio de uma sociedade de propósito específico constituída pela ENH, pela empresa portuária e ferroviária CFM, pela empresa de eletricidade EDM e pela empresa hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), juntamente com parceiros técnicos e financeiros selecionados pelo governo.
O acordo exclusivo abrange um terminal de gás natural liquefeito, instalações de armazenamento e os 865 quilômetros (537,5 milhas) ou o gasoduto Rompco que liga os campos de gás de Moçambique à África do Sul. A Rompco é uma parceria público-privada entre os governos moçambicano e sul-africano, cada um detendo 40%, e a Sasol SOLque detém os restantes 20%.
“O projeto é baseado em uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) ancorada na Beira e Inhambane e conectada ao óleo”, afirmou a Agência Nacional de Regulação do Petróleo (INP) em seu site.
O governo aprovou a concessão na semana passada, graças aos esforços da TotalEnergies, TTE e Exxon Mobil
XOM Acompanhe em frente com seus próprios projetos de GNL.
A nova infraestrutura tem como objectivo apoiar o transporte de GNL de diferentes projectos na Bacia do Rovuma, onde a TotalEnergies e a Exxon Mobil actuam, além de transferências para a industrialização, garantindo que uma parcela do gás entre no mercado interno, afirmou o INP.
“Essa é a espinha dorsal da logística que faltava para transformar o potencial do gás do Rovuma em valor real para o país”, disse um porta-voz da Sasol.
