“Foi igual a ontem — a frente deslizou sem aviso”
O Grande Prémio da Malásia terminou em desilusão para Miguel Oliveira. O piloto português sofreu nova queda sob condições extremas em Sepang, num fim de semana já marcado por dificuldades constantes com a Yamaha.
“Aconteceu praticamente o mesmo que ontem,” explicou Oliveira. “Uma pequena escorregadela da frente, sem aviso prévio. Pensei que hoje, com o pneu médio à frente, pudesse ser um pouco melhor, mas foi difícil gerir a aderência.”
O #88 tentou adaptar-se mudando o composto do pneu dianteiro, esperando mais estabilidade. Apesar de reduzir os movimentos da moto, o problema de tração manteve-se.
“O médio não mexia tanto, mas estava apenas a pilotar dentro das dificuldades que tínhamos em encontrar aderência,” disse. “Não havia muito a fazer na corrida. A ambição podia ter sido maior, mas hoje só conseguimos terminar com as outras duas Yamahas — e foi isso.”
O calor extremo da Malásia agravou ainda mais o cenário.
“Hoje foi bastante extremo, provavelmente semelhante à Indonésia,” afirmou. “O asfalto estava tão quente que era difícil fazer qualquer coisa funcionar.”
Com mais um zero no marcador, Oliveira terminou o fim de semana com frustração. Ainda assim, a sua determinação em resistir ao calor sufocante e às limitações da moto reflete o espírito de luta que o tem caracterizado — continuar a lutar, mesmo quando a moto não o acompanha.
