As forças de segurança de São Paulo estão empenhadas nas
investigações dos casos de contaminação de bebidas alcoólicas
metanol
Diante do questionamento de como o
metanol
Linha 1 de investigação: metanol para fazer bebida render e lucrar no mercado ilegal
Com mais força entre os investigadores e autoridades, a primeira suspeita é de que os criminosos poderiam estar utilizando o metanol para fazer a bebida alcoólica render.
Suspeita-se que os falsificadores colocavam uma certa quantidade de bebida alcoólica e completavam com o metanol. Com isso, conseguiam multiplicar a quantidade de garrafas de bebidas destiladas produzidas de maneira irregular e faturavam mais dinheiro no mercado ilegal.
A Fazenda 17: direção anuncia medida após casos de intoxicação por metanol
A adulteração ocorreu principalmente com bebidas alcoólicas de maior valor de mercado, comercializadas em garrafas como gim, uísque e vodca.
Os produtos com suspeita de irregularidades estão sendo apreendidos e submetidos a rigorosos testes da Polícia Científica de São Paulo. Os testes analisam rótulos, embalagem, lacres, tampas e chegam até o líquido.
Até o momento, não há relato de adulteração em cervejas. As autoridades desconfiam que elas foram evitadas por conta da complexidade das embalagens e características do produto.
Linha 2 de investigação: utilização de metanol para limpar garrafas utilizadas
A segunda suspeita é que a contaminação por metanol possa ter ocorrido durante a tentativa de higienizar as garrafas para reutilização no mercado ilegal.
A Secretaria de Segurança Pública confirma que essa hipótese também entrou no radar dos investigadores.
Foram apreendidas 4.500 garrafas suspeitas para realização de testes.
Combustível adulterado por metanol pode causar danos à saúde e ao carro
Neste mesmo período, oito pessoas foram presas e dez estabelecimentos foram interditados nas cidades de São Paulo, São Bernardo, Osasco e Barueri.
A Polícia Civil e Polícia Federal divergem sobre crime organizado
O governo de São Paulo suspeita que o esquema é descentralizado e que os criminosos não têm conexão entre si.
Dessa forma, o governador Tarcísio de Freitas e o Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmam que não há qualquer indício de que o crime de adulteração seja coordenado pelo PCC, o Primeiro Comando da Capital, facção criminosa do estado de São Paulo.
Já a Polícia Federal não descarta o envolvimento de facções criminosas no esquema de adulteração de bebidas e que teria ligação com os casos de contaminação por metanol.
Tarcísio de Freitas descarta envolvimento do PCC em esquema de bebidas com metanol
A suspeita da PF é que o crime possa ter ligação com a importação ilegal de metanol do porto de Paranaguá.
A suspeita de participação do PCC ganhou força após a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) divulgar levantamento apontando a possibilidade de o metanol encontrado nas bebidas ser o mesmo importado
ilegalmente pelo PCC para “batizar” combustíveis
Bebidas com metanol: PF e Governo de SP divergem sobre envolvimento do PCC; entenda