O Governo de São Paulo informou nesta segunda-feira (6) que 11 estabelecimentos do estado, incluindo bares, adegas e distribuidoras, foram interditados no âmbito das investigações das intoxicações por metanol por causa de bebidas adulteradas.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, que as bebidas comercializadas nos locais tinham problemas com a comprovação de origem na análise de nota fiscal. Destas, oito receberam suspensão das inscrições estaduais por não apresentarem os documentos exigidos.

A perícia feita pela Polícia Técnico-Científica em 17 estabelecimentos identificou a presença de metanol nas bebidas de duas distribuidoras, segundo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. Os nomes das empresas não foram divulgados.

Veja a lista dos locais interditados:

Na capital

  • Bebillar Distribuidora, na Bela Vista
  • BBR supermercado, na Bela Vista
  • Bar e Restaurante Ministrão, no Jardins
  • Beco do Espeto, no Itaim Bibi
  • Torres Bar, na Mooca, zona leste
  • Adega Fim de Semana, no M’Boi Mirim, na zona sul
  • Empório Santos, Cidade Dutra, na zona sul

Na Grande São Paulo

  • Adega do Lelê, em Osasco
  • Adega Los Hermanos, em Osasco
  • Brasil Excellance Comercial Distribuidora de Bebidas, em São Bernardo do Campo
  • Villa Jardim, em São Bernardo do Campo

Veja a lista dos locais que perderam a inscrição estadual:

  • Bebillar Distribuidora, na Bela Vista (quatro inscrições)
  • BBR supermercado, na Bela Vista
  • Brasil Excellance Comercial Distribuidora de Bebidas, em São Bernardo do Campo
  • FEC Alves Mercearia e Adega
  • Bar e Restaurante Ministrão, no Jardins.

O que dizem os estabelecimentos

O bar Ministrão nega a venda de bebidas falsificadas: “Nossas bebidas são adquiridas de fornecedores oficiais, com nota fiscal e procedência garantida, provenientes de grandes distribuidoras reconhecidas no mercado. Nossa equipe jurídica já está em contato com os fornecedores para apurar todos os detalhes”.

O bar Torres, na Mooca, zonal leste de São Paulo, comunicou a interdição nas redes sociais. Os proprietários disseram que colaboram com os órgãos de fiscalização e afirmaram que “todos os produtos são adquiridos por distribuidores oficiais de longa data”.

O Villa Jardim, na cidade de São Bernardo do Campo, diz que foi relatado um caso de consumo de bebida seguido de problema de saúde no bar, na última semana. O estabelecimento diz que as bebidas alcoólicas comercializadas são compradas lacradas, em condição original e de distribuidoras confiáveis.

“Reafirmamos que não temos nenhum envolvimento com bebidas adulteradas”, disse o Empório Santos, em Cidade Dutra.

O Beco do Espeto, no bairro do Itaim Bibi, disse nas redes sociais que conseguiu judicialmente ser reaberto. “Todos os produtos são adquiridos de fornecedores oficiais”, afirmou o estabelecimento. Em nota publicada nas redes sociais, o local anunciou a suspensão da venda de destilados de forma temporária.

A Bebillar Distribuidora e o BBR supermercado foram procurados pela Folha no local, mas não quiseram se manifestar. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Brasil Excellance Comercial Distribuidora de Bebidas, a FEC Alves Mercearia e a Adega Fim de Semana, no M’Boi Mirim.

16 CASOS CONFIRMADOS NO PAÍS

O Ministério da Saúde informou neste domingo (5) que já são 16 os casos confirmados de intoxicação por metanol no país. Outros 209 seguem em investigação.

O estado de São Paulo concentra a maioria das notificações: 192, sendo 14 casos confirmados e 178 em investigação.

Esses casos foram registrados em 12 estados —Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará— além do Distrito Federal.

Os casos suspeitos notificados na Bahia e no Espírito Santo foram descartados, disse o Ministério da Saúde.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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