Ao que tudo indica trata-se de um fenômeno natural provocado pela proliferação de micro algas ou cianobactérias

A coloração vermelha da água chamou a atenção de moradores e turistas do distrito de Pipa, em Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte. Internautas registraram a maré vermelha próxima à faixa de areia das praias de Cacimbinhas e dos Golfinhos, que são contíguas à conhecida Praia de Pipa, no litoral potiguar. Há relatos de que os banhistas evitaram entrar na água do mar devido à cor diferente e ao receio de contaminação.

A prefeitura de Tibau do Sul diz ter enviado solicitação ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) do Estado para monitorar o fenômeno.

O Idema informou que técnicos do órgão foram enviados para a região para avaliar a situação. Segundo o instituto, ao que tudo indica trata-se de um fenômeno natural chamado de maré vermelha, que é provocado pela proliferação de micro algas ou cianobactérias presentes na água.



Mancha avermelhada no mar de Pipa, entre as praias do Golfinho e de Cacimbinhas, chamou a atenção.

Mancha avermelhada no mar de Pipa, entre as praias do Golfinho e de Cacimbinhas, chamou a atenção.

Foto: Reprodução/Instagram/@tibau_noticias_pipa / Estadão

Conforme o Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a maré vermelha se forma devido à alta concentração de nutrientes na água do mar, aliada à luminosidade e aumento da temperatura. Em estágio mais severo, a proliferação excessiva pode causar impactos negativos para outros organismos, inclusive peixes, devido ao consumo excessivo de oxigênio pelas cianobactérias presentes no fenômeno.

A cor avermelhada se deve à floração das microalgas, que adquirem essa tonalidade. É recomendável evitar o banho ou a prática de esportes náuticos em locais com manchas de coloração suspeita, pois elas podem causar coceiras e irritação na pele.

O oceanógrafo Rodrigo Mazzoleni, especialista em ecologia, diz que as marés vermelhas são um fenômeno natural. “Nesta época de primavera é um fenômeno até recorrente no mar. Mas, o risco para banhistas vai depender da espécie de alga e da quantidade delas na concentração, mas geralmente são algas nocivas.”

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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