O presidente da Guiana, Irfaan Ali, qualificou como terrorismo, neste sábado (1º), a explosão em um posto de combustíveis em Georgetown no domingo passado (26) pela qual um venezuelano, membro de um grupo criminoso, é suspeito.
A Venezuela e a Guiana mantêm relações tensas na última década devido à histórica disputa territorial do Essequibo, uma área de mais de 160.000 km2 entre os dois países. O local é administrado pelo governo guianense e tem importantes jazidas de petróleo.
“Este atentado cumpre com todas as caraterísticas de terrorismo”, assinalou o presidente. “Foi uma tentativa de semear o medo e o caos, de criar tensão”, detalhou Ali, durante uma cerimônia religiosa por ocasião do 60º aniversário das forças armadas do país.
As investigações apontam que o responsável é um venezuelano membro de um grupo criminoso que entrou na Guiana no mesmo dia do incidente vindo de seu país com explosivos. Ele teria detonado uma bomba perto do posto de combustível, o que matou uma menina de seis anos e feriu quatro pessoas que estavam em um veículo perto do local.
Cinco venezuelanos e quatro guianenses foram detidos durante as investigações. A motivação do crime ainda não foi determinada.
“Vamos aprofundar e ampliar [as investigações] para chegar ao fundo deste assunto”, afirmou Ali, destacando que sua administração não discrimina os migrantes venezuelanos que fugiram da crise política e econômica em seu país. “Não devemos permitir, nem justificar que a indignação nos leve pelo caminho dos preconceitos ou da discriminação”, acrescentou.
