Após a crise humanitária enfrentada pelos indígenas ianomâmis nos anos do governo Jair Bolsonaro (2019-2022), a Justiça Federal em Roraima condenou a União por omissão e determinou a adoção de medidas contra a contaminação por mercúrio causada pelo garimpo ilegal.

 Na decisão, acessada nesta sexta-feira (26), o juiz Diego Carmo de Sousa classificou o governo como “poluidor indireto” e apontou falhas no dever de proteger as terras indígenas e o meio ambiente.

Para se ter ideia, um levantamento divulgado pela BBC Brasil, em 2023, mostrou que o número de mortes de ianomâmis por desnutrição aumentou 331% durante a gestão Bolsonaro.

Entre as ações impostas estão o mapeamento de áreas de risco, distribuição de água potável, monitoramento da contaminação em peixes e indígenas, criação de um plano para eliminar o uso de mercúrio e elaboração de protocolo de atendimento no SUS.

A União também deverá pagar indenização por dano social e moral coletivo, com valores destinados ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos e participação das comunidades na gestão.

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que ainda não foi formalmente intimada e avaliará recurso.

Segundo o governo federal, a terra ianomâmi, maior território indígena do país, segue em emergência, com ações de retirada de garimpeiros e atendimento de saúde.

Leia mais no G1.

Foto: Polícia Federal/divulgação

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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