Amostras da represa do Parque Pinheirinho, em Araraquara, identificaram a presença de coliformes totais e Escherichia coli (E. coli), grupo de bactérias que indica contaminação da água, como por fezes, e apresenta risco potencial à saúde. Desde o último domingo (27), o local está interditado para banho.

Oito placas com os dizeres “Represa interditada. Qualidade da água: imprópria para banho” foram instaladas ao redor da represa para alertar os banhistas sobre os riscos, além de outro aviso na portaria do parque.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (28), o coordenador da Defesa Civil, coronel Alexandre Luís dos Santos, explicou que as análises foram realizadas pelo DAAE (Departamento Autônomo de Água e Esgotos), após denúncia formalizada no fim de maio. Segundo ele, depois de várias coletas e amostras, o departamento concluiu, no dia 10 de junho, que a água da represa está contaminada e imprópria para banho.

“Em razão da preservação das pessoas que ali frequentam, e nós sabemos que o Parque Pinheirinho é um dos locais onde as pessoas passam o fim de semana, o dia… infelizmente, vamos ter que interditar a represa e preservar… A bactéria pode atingir o intestino dessas pessoas, que podem ser contaminadas com esta água“, explicou.

Sobre a demora entre a confirmação da qualidade da água e a interdição da represa, o coronel atribuiu à tramitação burocrática interna. “A hora que chegou a situação para a Defesa Civil, nós tomamos as medidas imediatas”, afirmou.

Apesar da confirmação, não há relatos de pessoas que tenham sido hospitalizadas ou que tenham sido atendidas na rede de saúde em decorrência do contato com a água.

Informações sobre a qualidade da água foram divulgadas em coletiva de imprensa (Foto: Secom/ Prefeitura de Araraquara)

De acordo com a Defesa Civil, mesmo com a confirmação da contaminação da água, as causas ainda são desconhecidas. “Nós temos animais ali no Pinheirinho, temos a parte de esgoto, e vamos atrás do que está provocando essa contaminação”, afirmou o coordenador.

Também não há ainda previsão de reabertura da represa. Inicialmente, ela será esvaziada, procedimento que pode levar até sete dias. Em seguida, as causas da contaminação devem ser identificadas e corrigidas. Depois, será enchida novamente e outras análises serão realizadas.

Outro ponto abordado, que deve ser solucionado com a limpeza e desinfecção, é o assoreamento da represa, que faz com que a profundidade varie de 1,40 metro a 1,90 metro.

“Acreditamos que a limpeza da represa é imprescindível pela potabilidade da água e pela segurança das pessoas que ali frequentam“, completou o secretário municipal de Esportes, João Henrique Silvestre.

LAUDOS

De acordo com a Prefeitura de Araraquara, considerando o Certificado de Análises E107/2025, a água da represa apresenta níveis irregulares de coliformes totais e E. coli, estando fora dos padrões de qualidade para rio de classe 2. A água também foi considerada imprópria para recreação de contato primário, como natação ou esportes aquáticos, conforme a Resolução CONAMA 274/2000.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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