A consultoria Kearney implementou a blockchain Hathor para registrar pedidos de indenização relacionados ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. A tecnologia foi escolhida por garantir segurança e rastreabilidade dos registros, que não podem ser alterados.
Desde 2021, a Kearney atua como perito independente na análise das indenizações, auditando o trabalho da Fundação Renova. A decisão de usar blockchain surgiu após um acordo que assegurou R$ 100 bilhões para reparação, com um prazo de 180 dias para repactuação de casos. Camilla Irion, da Kearney, destacou a necessidade de uma ferramenta que garantisse isonomia durante a mudança de processos.
Mais de R$ 1 bilhão em indenizações foram pagos graças à possibilidade recursal. A complexidade dos danos exigiu a análise de um grande volume de documentos, que foram registrados como hashes na blockchain, permitindo que os atingidos e a auditoria acompanhassem o andamento dos processos.
A escolha pela Hathor se deu por sua robustez, baixo custo e facilidade de implementação, conforme Renato Kogeyama, consultor da Kearney. A iniciativa visa aumentar a transparência e a eficiência no processo de indenização, beneficiando aqueles afetados pelo desastre.