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Diversos profissionais de Médicos Sem Fronteiras (MSF) estavam dentro do hospital Nasser, no sul da Faixa de Gaza, quando o local foi atingido por sucessivos bombardeios israelenses na segunda-feira (25), segundo denúncia do MSF. Eles precisaram se abrigar no laboratório da unidade de saúde enquanto as explosões se repetiam, mesmo após a chegada de socorristas. Mais de 20 pessoas foram mortas, entre elas cinco jornalistas.
A organização ainda revela que pelo menos 50 pessoas ficaram feridas. O hospital Nasser era o único público ainda em funcionamento parcial na região sul de Gaza.
Entre as vítimas está a fotógrafa palestina Mariam Abu Dagga, colaboradora frequente do MSF, que deixa um filho pequeno. “Estamos profundamente abalados com sua morte”, afirmou o coordenador de emergência da organização, Jerome Grimaud.
O médico do MSF, Mahmoud Kullab, relatou que paramédicos foram atingidos no momento em que chegavam para resgatar os feridos: “Eles foram atingidos bem diante dos meus olhos. Os socorristas tentavam retirar os sobreviventes, e tive que testemunhar uma cena monstruosa e cruel”, disse.
Denúncia de crime de guerra
A organização internacional condenou o bombardeio como uma violação direta do direito humanitário.
“Condenamos nos termos mais veementes os horrendos ataques ao complexo médico de Nasser”, declarou Grimaud. “Nos últimos 22 meses, temos assistido a instalações de saúde sendo arrasadas, jornalistas silenciados e profissionais de saúde soterrados sob os escombros. Enquanto Israel despreza o direito internacional, as únicas testemunhas de sua campanha genocida estão sendo deliberadamente atacadas. Isso precisa parar agora”, completou.
A destruição sistemática de hospitais, a morte de profissionais da saúde e de jornalistas mostram que não se trata de “danos colaterais”, mas de uma política deliberada de silenciamento e extermínio, de acordo com o MSF.
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