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Conforme noticiado pelo Olhar Digital, duas explosões solares de classe X (o tipo mais poderoso) ocorreram em um intervalo de pouco mais de 24 horas no último fim de semana. Ambos os eventos foram desencadeados no agrupamento de manchas solares AR4274 e liberaram jatos de plasma e campos magnéticos – ejeções de massa coronal (CME) – em direção à Terra. 

O jato lançado primeiro foi “engolido” pelo segundo, mais veloz, caracterizando uma “CME canibal”, que atingiu o planeta na noite de terça-feira (11). De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, as partículas carregadas do material solar reagiram com os átomos presentes na atmosfera da Terra, provocando uma tempestade geomagnética G4 – considerada severa em uma escala que vai de G1 (fraca) a G5 (extrema).

Como resultado, ao longo da madrugada, espetáculos de auroras multicoloridas foram vistos nos céus de toda a América do Norte – do Canadá ao México – e Europa. E vem muito mais por aí. 

Consequências de tempestades geomagnéticas G4:

  • Podem causar falhas no controle de tensão e desligamentos indevidos na rede elétrica;
  • Superfícies de satélites e espaçonaves podem acumular carga elétrica, dificultando o rastreamento e comprometendo a orientação, o que pode exigir manobras de correção;
  • Correntes induzidas afetam dutos e medições;
  • As comunicações por rádio de alta frequência (como as usadas em aviões e transmissões de longa distância) podem sofrer interferências e interrupções;
  • Os sistemas de rádio de baixa frequência, usados em navegação marítima e aérea, também podem deixar de funcionar temporariamente;
  • Auroras podem ser vistas em regiões muito mais distantes dos polos do que o normal.
Aurora fotografada em em Santa Rosa, Califórnia, EUA, na noite de 11 de novembro de 2025. Crédito: Ann Bruner-Welch via Spaceweather.com

Tempestade geomagnética extrema pode estar por vir

Acontece que as explosões X1.8, ocorrida no domingo (9), e X1.2, que se deu na manhã de segunda-feira (10), não foram as únicas erupções de potência máxima do Sol nas últimas horas. Outro evento, ainda mais poderoso, foi desencadeado na mesma região ativa (AR4274) na terça. Classificada como X5.1, essa foi a explosão solar mais violenta de 2025.

Segundo previsões da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) e o Serviço Meteorológico do Reino Unido (Met Office), uma nova rodada de tempestades geomagnéticas, variando de fortes (G3) a severas (G4), é esperada para a próxima madrugada. Há possibilidade de que o fenômeno atinja intensidade extrema (G5), o que poderia fazer as auroras se espalharem ainda mais para o sul do que na noite anterior.

O grupo de manchas solares AR4274 lançou uma erupção X5.1, a mais poderosa de 2025. Crédito: NOAA/GOES

No entanto, tempestades geomagnéticas G5 também podem causar impactos graves, como apagões e danos em transformadores que comprometem amplamente o sistema elétrico. Satélites e espaçonaves também são afetados pelo acúmulo de carga elétrica, o que pode provocar falhas de orientação e perda temporária de comunicação. Correntes intensas em gasodutos, interrupções nos sinais de rádio de alta frequência e falhas prolongadas na navegação por satélite são outros efeitos frequentes. Além disso, sistemas de rádio de baixa frequência podem ficar inoperantes por várias horas.

Leia mais:

Especialistas também apontam que além de plasma e campo magnético, a erupção recorde liberou uma enxurrada de prótons altamente energéticos. Essas partículas se movem quase à velocidade da luz e, em casos raros, conseguem atravessar a atmosfera até alcançar o solo. Saiba mais aqui.

Veja imagens espetaculares do show de auroras da madrugada

É claro que as redes sociais foram inundadas de imagens incríveis dessa noite memorável. E o Olhar Digital selecionou alguns desses registros, que você confere a seguir:

Em Rio Rico, Arizona, a aurora boreal tingiu o céu de vermelho por 30 minutos na noite de 11 de novembro de 2025. Crédito: John Ashley via EarthSky.org




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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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