“Já perfuramos 560 poços na Margem Equatorial. Quantos acidentes ocorreram? Zero”, diz diretora da Petrobrás“Já perfuramos 560 poços na Margem Equatorial. Quantos acidentes ocorreram? Zero”, diz diretora da Petrobrás

Diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, Sylvia dos Anjos

Sem o petróleo da Margem Equatorial, “podemos perder a autossuficiência em 2032”, adverte Sylvia dos Anjos diretora de Exploração e Produção

A diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, Sylvia dos Anjos, defende que o Brasil precisa explorar o petróleo da Margem Equatorial para não perder a autossuficiência em petróleo.

“Podemos perder a autossuficiência em 2032”, alerta a geóloga, em entrevista ao jornal “O Globo”, em que afirma que a produção do pré-sal deve cair entre 2029 e 2030.

“A Petrobrás foi criada para avaliar o potencial do Brasil e torná-lo autossuficiente em petróleo. E conseguimos, embora ainda precisemos importar derivados, pois não refinamos tudo o que consumimos. A Margem Equatorial vai do Rio Grande do Norte à Colômbia. Já encontramos petróleo no Rio Grande do Norte, no Ceará e na Colômbia. Já perfuramos mais de 60 poços no litoral do Amapá. No total, mais de 560 poços em toda a região. E quantos acidentes [caso de vazamento de petróleo ou incidentes que prejudiquem a fauna da região] ocorreram? Zero”, enfatizou.

Conforme a diretora da Petrobrás, dos US$ 7,9 bilhões previstos dos investimentos em exploração pela estatal, “mais de US$ 3 bilhões são na Margem. A decisão é muito importante porque mostra para onde vou”, disse Sylvia dos Anjos.

A Petrobrás ainda espera que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reconsidere a sua decisão, que negou o  pedido de licença ambiental para estatal pesquisar o chamado bloco FZA-M-59, localizado no litoral do Amapá, o maior potencial entre 42 blocos na Margem Equatorial brasileira. 

De acordo com a geóloga, a expectativa é de que, até fevereiro do ano que vem, o órgão libere a licença ambiental – que permite a estatal perfurar um poço que fica a mais de 500 km da foz do rio Amazonas e a 2.800 metros de profundidade (ou seja, com baixíssimo risco de uma possível contaminação do Amazonas, em caso de um vazamento de petróleo).

“Se a Petrobrás for proibida de explorar, alguém vai trazer o petróleo”, ressalta Sylvia. “Então, não tem argumentos técnicos para não furar. Além disso, pegamos uma sonda mais robusta que tem duplas garantias. Vamos alocar 13 barcos de contenção. E temos 7 na Bacia de Campos. Tudo que se possa imaginar para dar conforto ao Ibama, nós fizemos”, comentou a geóloga.

“Estamos zero confronto. Cumprindo as exigências. Só resta aprovar”, declarou a diretora Petrobrás, ao ser questionada sobre questões técnicas exigidas pelo Ibama.

Sylvia dos Anjos afirma que a Petrobrás vem investindo fortemente, buscando satisfazer o grau de exigência do Ibama, que é maior do que o de qualquer outra operação da Petrobrás.

“Foi muito dinheiro. Mais de centenas de milhões. Até o ano passado, tínhamos uma sonda lá. Uma sonda custa US$ 1 milhão a cada dois dias. Ela ficou dois meses. A sonda foi o mais caro. Também criamos um centro (de despetrolização de fauna) em Belém, mas ficava a 24 horas da costa. E aí pediram outro no Oiapoque de proteção de fauna”, explicou.

“Teve a questão do aeroporto, que já tem uma licença. E mesmo com o uso da Petrobrás, o uso fica aquém da licença existente. Como a gente teve que fazer esse centro no Oiapoque, tivemos que comprar terreno. E começaram a perguntar qual é a quantidade de veterinários, se tem veterinários 24 horas por dia. Todas as perguntas foram respondidas”, completou Sylvia.

Source link

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *