247 – A Itália mobilizou um de seus navios militares para proteger uma flotilha internacional de ajuda humanitária com destino a Gaza, alvo de ataques de drones no Mediterrâneo. Segundo voluntários do movimento Global Sumud Flotilla (GSF), embarcações que transportam suprimentos para a Faixa de Gaza foram atingidas nos últimos dias, em uma ação que, segundo os ativistas, teria sido conduzida por Israel. A informação foi publicada pela CNN.

De acordo com a CNN, a organização relatou que as embarcações sofreram explosões direcionadas e lançamentos de objetos não identificados, o que causou danos estruturais e prejudicou a comunicação entre os barcos. “Nos últimos dias antes de chegar a Gaza, a GSF enfrenta uma escalada alarmante, com múltiplos barcos relatando explosões e objetos não identificados caindo sobre ou próximos das embarcações”, informou o grupo em comunicado.

Escalada da tensão e riscos aos voluntários

A flotilha transporta mais de 500 participantes desarmados, entre eles cidadãos da Itália, Suécia e Espanha. O deputado espanhol Juan Bordera, que viaja em uma das embarcações, descreveu a situação como dramática: “Acho que isso tem de escalar ainda mais e chegar ao nível da Comissão Europeia, porque precisa ser tratado e coordenado com todos os países, ao menos na Europa”. O parlamentar afirmou que os voluntários passaram por “um pesadelo insano” durante os ataques.

Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou na rede X que adotará “as medidas necessárias” para impedir a chegada da flotilha a Gaza, alegando que os organizadores rejeitaram a proposta israelense de entregar os suprimentos via porto de Ashkelon. “Se a flotilha continuar a rejeitar a proposta pacífica de Israel, tomaremos as medidas necessárias para impedir sua entrada na zona de combate e deter qualquer violação de um bloqueio naval legal, assegurando ao mesmo tempo a segurança dos passageiros”, afirmou a chancelaria.

Reações internacionais

Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados, afirmou em publicação que a flotilha já foi atacada 14 vezes entre a Tunísia e Creta. “Quatro embarcações estão danificadas e necessitam de reparos urgentes. Na noite passada, um artefato não detonado permaneceu em um dos barcos”, escreveu. O Escritório de Direitos Humanos da ONU pediu uma investigação “independente, imparcial e completa” sobre os episódios.

O governo italiano classificou os ataques como “gratuitos, perigosos e irresponsáveis”. A primeira-ministra Giorgia Meloni declarou ter “total condenação” ao ataque de drones, enquanto o ministro da Defesa, Guido Crosetto, confirmou que um navio militar foi enviado “para possíveis operações de resgate”. Já o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, afirmou estar em contato com Israel e conduzindo mediações para garantir a entrada da ajuda humanitária em Gaza.

A Suécia também acompanha os desdobramentos, já que ao menos 15 cidadãos suecos participam da missão. O caso reacende memórias de maio passado, quando outra embarcação humanitária denunciou ter sido alvo de um drone israelense em águas internacionais perto de Malta — episódio não negado pelas Forças de Defesa de Israel.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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