A passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, permanecerá fechada indefinidamente, de acordo com o anúncio feito pelo gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, neste sábado (18/10). O comunicado emitido acusa o Hamas de descumprir as cláusulas da primeira etapa do acordo de cessar-fogo, que neste momento se volta à busca pelos restos mortais dos prisioneiros israelenses no enclave.

A reabertura do corredor “será avaliada com base no papel do Hamas no retorno dos reféns falecidos e na implementação da estrutura acordada”, diz a decisão que foi publicada logo após a Embaixada Palestina no Egito informar que a fronteira seria reaberta na próxima segunda-feira (20/10), depois de mais de um ano.

Apesar das recentes acusações de que o Hamas viola o acordo de cessar-fogo devido ao atraso na devolução dos restos mortais, no dia anterior, o próprio regime sionista reiterou a sua recusa na entrada de uma delegação turca que poderia auxiliar o grupo palestino nas buscas em Gaza. Esta delegação seria composta por 81 equipes de resgate e equipamentos pesados.



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“Existe um grupo de corpos de reféns que o Hamas pode devolver imediatamente [e] outro grupo cuja localização eles conhecem, mas precisam de equipamento e assistência para recuperá-los”, explicou uma autoridade israelense ao The Jerusalem Post.

Nesse sentido, a ajuda turca seria essencial para o Hamas na recuperação dos restos mortais israelenses, uma vez que a destruição provocada pelo Exército sionista ao longo do genocídio difculta a operação no enclave. Um porta-voz do grupo palestino, Hazem Qassem, assegurou a devolução, mas reconheceu que a questão “leva tempo”.

A passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, está praticamente fechada desde maio de 2024 por Israel
Wikimedia Commons/Ashraf Amra

A reabertura da passagem de Rafah, que está praticamente fechada desde maio de 2024, possibilitaria o retorno dos palestinos residentes no Egito a Gaza, além de maior acesso à ajuda humanitária.

Durante a noite de sexta-feira (17/10) para sábado, o Hamas devolveu os restos mortais de Eliyahu Margalit, 75 anos, da localidade de Nir Oz, em troca dos corpos de 15 palestinos por parte de Israel, em conformidade com o acordo de cessar-fogo. Ao todo, 135 palestinos foram devolvidos pelo regime sionista, e muitos deles apresentam sinais de tortura e execução sumária, de acordo com médicos locais.

No momento, 18 corpos israelenses permanecem em Gaza. Nesta tarde, as Brigadas Al-Qassam, a ala militar do Hamas, anunciou que conseguiu localizar mais dois prisioneiros, e que seus restos mortais seriam restituídos no mesmo dia.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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