O exército da Entidade Sionista, bombardeou hoje (25/8), o Hospital Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. O ataque, realizado em duas etapas (“double tap”), matou pelo menos 20 pessoas, entre elas quatro jornalistas, incluindo um colaborador da agência monopólica Reuters, e feriu dezenas de pacientes, profissionais da saúde e civis.

O ataque ao Hospital Nasser seguiu o padrão conhecido como “double tap”, com uma segunda explosão mirando diretamente os socorristas e jornalistas que já estavam no local, conforme afirmam os monopólios de imprensa Associated Press, Al Jazeera e Reuters, que verificaram vídeos, imagens e relatos de sobreviventes no local. O primeiro míssil atingiu o quarto andar do hospital. Minutos depois, um segundo projétil foi lançado exatamente no mesmo local, com o objetivo claro de atingir equipes de resgate e jornalistas que já estavam no local documentando a destruição.

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou que os jornalistas não foram mortos por “erro”, mas sim como parte de uma estratégia de silenciamento da cobertura crítica da ocupação. “Atacar jornalistas significa atacar a verdade. A imprensa está sendo deliberadamente visada para impedir que o mundo veja os crimes cometidos em Gaza”, denunciou o secretário-geral da RSF em nota oficial.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) também se pronunciou, descrevendo o sistema de saúde em Gaza como “em colapso absoluto”. Em seu relatório “Gaza ‘s Silent Killings”, a entidade alerta que a destruição de hospitais não visa apenas matar pelo bombardeio, mas produzir mortes secundárias por falta de atendimento. “É genocídio silencioso: quando se destrói a estrutura de saúde, mata-se no curto e no longo prazo”, afirma o texto.

O ataque ocorreu no momento em que o governo nazi-sionista de Benjamin Netanyahu aprovou uma nova etapa da Operação Carruagem de Gedeão, agora voltada à ocupação total de Gaza City. A manobra, iniciada em 20 de agosto, envolve 60 mil reservistas, cerco total a zonas densamente povoadas como Al-Shati e Al-Tuffah, e ameaça de “destruição total” caso o Hamas não se renda. Mesmo diante de tratativas por cessar-fogo, a entidade sionista “Israel” mantém a ofensiva, deixando claro que a guerra “só termina com vitória total”, nas palavras do próprio premiê.

Silenciar e matar: o projeto político do terrorismo sionista

O ataque ao Hospital Nasser e o assassinato dos jornalistas são apenas a face mais visível de um mecanismo de controle genocida. Os alvos não são apenas combatentes: são os corpos, as vozes e as imagens que resistem. O jornalista Mohammed Salama (Al Jazeera), a repórter Mariam Dagga (freelancer da AP), o fotógrafo Ahmed Abu Aziz e o cinegrafista Hussam al-Masri, colaborador da Reuters, foram mortos enquanto documentavam os escombros, uma clara tentativa de impedir que o mundo saiba o que está acontecendo.

Em menos de dois anos de guerra, mais de 220 jornalistas foram mortos, a maioria palestinos. As autoridades turcas qualificaram o ataque como um “crime de guerra contra a liberdade de imprensa”. Já o Escritório das Nações Unidas para Direitos Humanos afirmou que os ataques a hospitais e a jornalistas “podem configurar crimes contra a humanidade”, exigindo uma investigação independente.

A resistência não se dobra

Apesar da carnificina, a Resistência Nacional Palestina mantém a iniciativa no campo militar. De acordo com seu porta-voz, Abu Khaled, as forças de resistência realizaram desde 2023 mais de 400 operações: confrontos diretos, bombardeios com morteiros, lançamento de foguetes e uso intensivo de túneis de combate, formações subterrâneas que permitem emboscadas e ataques-surpresa contra posições sionistas.

No norte de Gaza, regiões que Israel dizia ter “pacificado” voltaram a ser palco de ações insurgentes. Unidades das Brigadas Al-Qassam e da Brigada Nacional retomaram áreas e forçaram o recuo de tropas sionistas, revelando que a ocupação não é permanente.

Em episódios recentes, combatentes da resistência e aliados realizaram tentativas de captura de soldados sionistas, estratégia que visa pressionar por trocas de prisioneiros e enfraquecer a moral das tropas de ocupação. Embora a censura militar sionista impeça detalhes, analistas do portal Palestine Chronicle apontam que a capacidade de reação da resistência segue “estrategicamente forte e moralmente coesa”.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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