O homem suspeito de matar a companheira a tiros no último sábado (20), no Conjunto Habitacional Vida Nova, em Campinas, se apresentou à Polícia Civil na tarde desta sexta-feira (26), acompanhado por um advogado.
Segundo a corporação, ele afirmou estar arrependido e disse que o crime ocorreu em um “momento de explosão”. A polícia também conta que o autor teria ficado com medo, e se sentido ameaçado com a reação pública a respeito do crime.
A polícia informou que, por enquanto, o suspeito não foi interrogado formalmente. O homem ficará preso temporariamente por 30 dias, período em que o inquérito continuará em andamento. Ao fim desse prazo, a autoridade policial deve decidir se pedirá a prorrogação da prisão ou o indiciamento do suspeito.
Os celulares do homem e da vítima, Larissa da Silva, de 29 anos, foram apreendidos no dia do crime e serão encaminhados para perícia.
O feminicídio
Larissa foi morta na manhã de sábado (20), ao chegar em casa após o trabalho em uma lanchonete. De acordo com a Polícia Militar, ela foi surpreendida pelo marido, que a esperava armado. O homem teria se irritado com o atraso da companheira. A vítima foi atingida por dois disparos e morreu ainda no local.
Testemunhas relataram que o suspeito era extremamente ciumento. O casal tinha quatro filhos, que estavam dentro da residência no momento do crime e atualmente estão sob os cuidados da avó paterna.
O boletim de ocorrência aponta que Larissa já havia sido vítima de violência doméstica. A polícia também encontrou munições calibre .32 no carro do suspeito, estacionado em seu local de trabalho.
O caso foi registrado como feminicídio, com agravante por ter sido cometido na presença dos filhos da vítima, além de posse irregular de munição e violência doméstica.
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